Governador de PE se reúne com líderes do PSB para combater ação do PT e de Lula, contrários à sua candidatura
Maria Lima
BRASÍLIA - Em reuniões sucessivas esta semana em Recife com integrantes da Executiva Nacional, líderes e governadores do PSB, Eduardo Campos (PE) traça seus próximos passos diante da investida do PT e do ex-presidente Lula contra sua provável candidatura a presidente da República. Além da artilharia petista e do fogo amigo dos irmãos Ciro e Cid Gomes, do PSB do Ceará, há no grupo de Campos insatisfação também com a presidente Dilma Rousseff, que, sem conversar com os governadores, tirou dos governos estaduais a gestão dos portos (na MP que trata do tema), vitaminando, por outro lado, a Secretaria de Portos - comandada por Leônidas Cristino, homem dos Ferreira Gomes e provável candidato a governador do Ceará. Campos, governador de Pernambuco, perde a gestão do Porto de Suape, obra que é a menina dos olhos de sua gestão no estado.
Apesar da contrariedade, os deputados Beto Albuquerque (PSB-RS) e Márcio França (PSB-SP) voltaram de Recife com a orientação de que, não é para o partido atrapalhar a votação da MP, para não parecer retaliação aos irmãos Cid e Ciro. Ontem, Campos se reuniu com alguns governadores e, embora não esteja verbalizando essa irritação, seus interlocutores sim.
- Isso é inaceitável! Suape é um porto exemplar! Ela não pode arrancar esse poder dos estados. Tem que haver uma posição conjunta - protestou o líder Beto Albuquerque, voltando-se para a ação política do PT: -Apesar da pressão de uns e outros, continuamos nossa caminhada transparente e pública. Não estamos fazendo nada escondido. Estamos no governo porque ajudamos a elegê-lo. Não estamos no governo de favor.
Fonte: O Globo
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