2014 Se preferiu não conceder entrevista após encontros com Marina Silva e Kassab, ontem, governador voltou a ensaiar discurso de candidato ao empossar novo secretário
Gabriela López
O governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) ensaiou mais um discurso de candidato, ontem, durante a cerimônia de posse do novo secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Aldo Santos, na sede provisória do governo. Ao nomear o então secretário executivo de Agricultura Familiar, o socialista avaliou que o Brasil precisa "apostar" neste segmento rural "para gerar emprego, conter a inflação, dinamizar a economia" e enfrentar a crise financeira mundial.
"No primeiro momento (da crise) a economia foi dinamizada por conquistas que não temos como repetir. Não temos como repetir 20 milhões de emprego, uma rede de proteção que foi construída nos últimos dez anos, ganhos reais no salário mínimo e na aposentadoria rural. Não temos como repetir o plus na Loas (Lei Orgânica da Assistência Social), como foi feito nos últimos anos", observou.
o governador cobrou mais recursos para a reforma agrária e para a consolidação dos assentamentos. "Às vezes, são os poucos recursos que tornam os assentamentos pouco produtivos", disse, destacando a necessidade de discutir o planejamento do desenvolvimento econômico do campo.
"Temos que cuidar do que não foi feito no passado, mas também pensar nas ações que possam garantir um futuro mais equilibrado para o Nordeste", continuou, mencionando a crise nas pequenas e médias propriedades rurais.
Projetando um voo nacional descolado da base da presidente Dilma Rousseff (PT), Eduardo tem feito críticas ao governo federal, principalmente nos aspectos econômicos.
Na cerimônia, o novo secretário prometeu universalizar o acesso à água para todas as famílias do meio rural até 2014 (leia mais em Economia). Aldo Santos substitui Ranilson Ramos, que assume vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Eduardo Campos destacou no discurso que seu ex-secretário, após experiências no enfrentamento à seca, "vai aproximar o mundo do controle ao mundo onde as pessoas vivem".
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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