domingo, 27 de agosto de 2023

Ruy Castro - Vivos para sempre

Folha de S. Paulo

Como seriam as continuações de clássicos do cinema com seus atores originais, mesmo já mortos?

Ouço dizer que, com a Inteligência Artificial, astros do cinema já mortos voltarão espetacularmente a trabalhar. A IA poderá reproduzi-los como eram sem reciclar material pré-existente, como fizeram com Harrison Ford, 80 e quebrados, que ressurgiu jovem e pimpão num recente épico. Donde será possível produzir continuações de clássicos do cinema com os atores originais, mostrando o que aconteceu com os personagens depois do "The end".

Com "Casablanca" (1942), é fácíl. Já sabemos que, depois de botar Ingrid Bergman e o marido naquele vôo para Lisboa, Humphrey Bogart e o chefe de polícia vivido por Claude Rains informam que ali era o começo de uma bela amizade e que iriam embora de Casablanca. No novo filme, eles assumirão que será em lua de mel e que virão para o Rio, já cheio de refugiados europeus e onde certamente encontrarão conhecidos. Se serão felizes para sempre, fica por conta do roteirista.

E uma continuação de "Um Corpo que Cai" (1958)? Depois de perder Kim Novak pela segunda vez, James Stewart é reinternado na clínica para se recuperar e, ao receber alta, encontra outra mulher igualzinha a Kim. Descobre que, de novo, é a mesma Kim e que ela também não caíra daquela torre, e sim mais uma dublê. Mas, desta vez, Stewart não quer se arriscar a mais uma decepção. Sobe à Golden Gate e se joga lá de cima na baía de San Francisco —desculpe o spoiler.

E como seria um pós-"E.T." (1981)? O querido extraterrestre chegou ao seu planeta e o encontrou destruído por uma guerra nas estrelas. Resolve então voltar para a Terra e abrir em Orlando, Flórida, um parque de diversões com as bicicletas voadoras, que ele controla mentalmente. Só que, um dia, chega a Orlando um ex-presidente brasileiro. Ele corrompe o E.T. e, com a mente deste abalada, as bicicletas começam a cair. O parque vai à falência e E.T. faz uma delação premiada no FBI.

Ok, são só sugestões.

 

3 comentários:

hisayo nanami disse...

O MAIOR BENEFÍCIO DO SHOW DO DJ ALOK NA COMEMORAÇÃO DOS 100 ANOS DO COPACABANA PALACE FOI DEMONSTRAR DE FORMA CABAL, INDELÉVEL, DEFINITIVA E PERMANENTE A DESNECESSIDADE DE FOGOS DE ARTIFÍCIO, DE BOMBAS, DE PÓLVORA, DE RISCO À SAÚDE E À SEGURANÇA DE PESSOAS E DE SEUS PETS, DURANTE OS FESTEJOS DAS VIRADAS DE ANO NA MESMA PRAIA DE COPACABANA, E REPETIDA EM OUTRAS.
QUE ISTO SIRVA DE ALERTA AOS ÓRGÃOS, INSTITUIÇÕES E AUTORIDADES FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS DO MEIO-AMBIENTE, JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA, CULTURA, TURISMO, SAÚDE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA, E SIRVA DE EXEMPLO À SOCIEDADE.
O SHOW FOI LINDO DE VER E OUVIR, E SEM MAIORES RISCOS

EdsonLuiz disse...

■Claro!
▪Além do barulho idiota que os fogos fazem, atormentando especialmente cachoros e gatos, e os da rua, como sempre, são os que sofrem mais por não terem ninguém para proteger e consolar, e atormentando os autistas --- e eu sou quase autista, pelo menos para barulho --- a merda do barulho de fogos me lembra tiros, balas, revólveres:: não é uma boa lembrança e sim um péssimo modo de comemorar.

ADEMAR AMANCIO disse...

Concordo com os dois comentários,acho um horror aquele barulho todo,parece coisa de fim de mundo.