Laís Alegretti
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), comemorou a chegada do PPS ao grupo do PSB e da Rede e afirmou que, mesmo com essa aliança, conseguirá manter o discurso da nova política. O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), vai se reunir com Campos nesta segunda-feira, 16, para firmar o apoio do PPS ao governador de Pernambuco nas eleições de 2014. "Estamos felizes com a chegada dele", disse Campos.
Questionado sobre se conseguiria manter o discurso da nova política após a aliança com o PPS, Campos disse que sim. "Vamos porque temos historia para manter. Minha história é da nova política. Nunca estivemos ao lado da velha política", afirmou. "Ninguém constrói o novo em cima de nada. A gente constrói em cima do que já existe. Temos de ter cuidado para o velho não engolir o novo." Campos disse acreditar que ele, Marina Silva e Freire conseguirão se reunir no início do ano.
Campos disse ainda que ele e Freire têm "estilos diferentes de ver". "Minha forma de ver todo esse processo histórico se assemelha bem mais à leitura de Marina do que à de Freire", afirmou, acrescentando que respeita a visão de Freire. "Ele sempre foi um militante muito ativo. O importante é olhar para o futuro e ele tem um papel."
O pernambucano falou que a aliança "deixa muita gente animada e muita gente preocupada" e enumerou o que ele chamou de teses que afirmam que a união não daria certo. "Primeiro, não deixaram a Rede sair, aí a Marina e a Rede viram um caminho que o convencional não assistia, que foi fazer aliança com PSB", disse. "Naquele momento, começou uma tese. ''Eles são muito diferentes, vai pegar ''sonhático'' e bicho grilo com turma da política e eles não vão ter como discutir''", afirmou.
Campos acrescentou que outros afirmam que o grupo ficará isolado por ter pouco tempo na TV e que poderá ter problemas nas alianças regionais. "Dentro do partido já tem problema, imagina quando soma dois. Imagina quando soma três. Ainda assim, menos que eles", disse, sem especificar a quais partidos se referia.
Aécio Neves
Campos disse que foi uma coincidência o encontro que teve no último fim de semana com o presidenciável do PSDB, Aécio Neves. "Conversamos sobre esse ambiente de 2013", contu. Ele não confirmou que o tucano declarou que o apoiaria caso não chegasse ao segundo turno em 2014. "Nosso tempo não é o do debate eleitoral. Agora estamos concentrados no debate de fundo, qual é a estratégia para o Brasil melhorar. Sobre a questão eleitoral, trataremos no tempo certo."
Fonte: O Estado de S. Paulo
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