A CBF é uma entidade milionária e polêmica. Deveria zelar para que seu negócio, o futebol brasileiro, fosse um exemplo de eficiência e de jogo limpo. Dentro e fora das quatro linhas de campo.
Só que hoje, tal como nos últimos anos, um vergonhoso filme vai se repetir. Algo que a CBF já poderia e deveria ter eliminado do nosso futebol, mas não o fez por falta de vontade, incompetência ou coisa pior.
Difícil compreender que, depois de tantos casos, a Portuguesa corra o risco de ser rebaixada, em benefício do Fluminense, por ter escalado um jogador suspenso. Num jogo em que o resultado não valia mais nada.
Claro que os próprios clubes é que deveriam evitar tal situação, mas eles são um desastre administrativo. Diante disso e para salvar seu rico negócio, a CBF deveria ter tomado medidas há muito tempo.
Lá vai uma simples sugestão. Na era da banda larga e de sofisticados programas, um software nada complicado poderia ser desenvolvido pela entidade para criar um banco de dados, alimentado diariamente, com a situação jurídica de todos os jogadores do campeonato.
A cada partida, os times acessariam o sistema para checar, online, quem tem condições de jogo. O delegado da partida faria a checagem final horas antes de a bola rolar. Jogador irregular seria barrado ali.
Uma ação preventiva que nos pouparia desse vexame às vésperas de sediarmos a Copa do Mundo. Mas nossos dirigentes e juristas desportivos só reagem depois da cancela arrombada. Com soluções cada vez mais malucas e absurdas.
Agora estão propondo tirar os pontos de times cujas torcidas partam para o braço nos estádios. Parece a solução. Só que um time perde em campo, infiltrados provocam briga nas arquibancadas e, bingo, o vencedor pode ser o punido.
Enfim, o bom senso tem de prevalecer. Quem perdeu em campo, nele que se recupere. Seja quem for. Em defesa do futebol pentacampeão.
Fonte: Folha de S. Paulo
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