• Prefeito também declarou, na manhã deste sábado, 7, que vai se manter longe de Brasília e não tem participado da montagem de um eventual governo de Michel Temer, nem mesmo indicado nomes
Alfredo Mergulhão -O Estado de S. Paulo
RIO - A quatro dias da votação do impeachment, que deve levar o PMDB a assumir a presidência da República, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou estar triste com o momento político brasileiro, inclusive com o provável afastamento da presidente Dilma Rousseff. Paes também declarou, na manhã deste sábado, 7, que vai se manter longe de Brasília e não tem participado da montagem de um eventual governo de Michel Temer, nem mesmo indicado nomes.
"Acho que a gente está vivendo um momento triste no Brasil. Ninguém está feliz com esse momento, ninguém está feliz com a presidente (Dilma) saindo, com a situação do governo do Estado (do Rio). Acho que isso tudo é muito ruim mas que sirva de lição, de ensinamento", afirmou Paes, durante a inauguração de mais um trecho da Orla da Guanabara Prefeito Luiz Paulo Conde, no centro do Rio. O prefeito acrescentou que se manterá afastado da política nacional. Ele não participou da cerimônia para acender a tocha olímpica dos Jogos Rio-2016, no Palácio do Planalto, com a presidente Dilma, na terça-feira, 3.
Eduardo Paes Paes também defendeu que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), dê autonomia ao vice, Francisco Dornelles, na administração do Estado. Licenciado desde março para tratamento de um câncer no sistema linfático, Pezão foi alvo de críticas do presidente estadual do PMDB e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani.
"Todos nós aqui torcemos e rezamos pela recuperação do governador Pezão. Mas é uma doença que certamente o debilita, deixa dificuldades. Então, o pedido do presidente Picciani é 'vá cuidar da sua saúde', que é prioritário para todos nós. Todo mundo quer que ele (Pezão) cuide da sua saúde e permita que o governador em exercício possa governar", disse Paes.
O prefeito inaugurou na manhã deste sábado o segundo trecho da Orla da Guanabara Prefeito Luiz Paulo Conde. O boulevard está situado entre os armazéns 1 e 6 do Cais do Porto, na Avenida Rodrigues Alves, no centro, local que ficava abaixo do Elevado da Perimetral, cuja demolição começou em fevereiro de 2013 e terminou em dezembro de 2014.
A orla integra o complexo cultural formado pelos Museus do Amanhã e de Arte do Rio, na Praça Mauá. A área arborizada também é passagem dos trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e vai atender os passageiros dos cruzeiros que atracarem no Píer Mauá. O espaço inaugurado possui 1km de extensão e 57 mil metros quadrados. Ao todo, a orla terá 3,5km de extensão e ligará o Armazém 8 ao Museu Histórico Nacional, no centro.
O primeiro trecho da Orla, de 600 metros, foi inaugurado em abril e dá vistas para as ilhas da Marinha (Fiscal, das Cobras e das Enxadas) e seus prédios históricos, além da Ponte Rio-Niterói. A área jamais havia sido explorada pelos cariocas, pois fica dentro de um terreno restrito, pertencente ao 1.º Distrito Naval. As obras são feitas pela Concessionária Porto Novo, que tem a Construtora Norberto Odebrecht como uma de suas acionistas.
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