DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Evandro Spinelli
Evandro Spinelli
DE SÃO PAULO - Se Aloizio Mercadante (PT) aposta em Lula e Dilma Rousseff para virar a eleição ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) vai colar em José Serra para manter a liderança e para que o presidenciável recupere a dianteira no Estado.
Nos últimos dez dias, Alckmin não fez um discurso, não participou de um debate ou palestra sem falar no presidenciável tucano.
Alckmin e Serra não são do mesmo grupo no PSDB. Isso ficou claro em 2008, quando Alckmin se lançou candidato a prefeito de São Paulo apesar da preferência de Serra, então governador, por Gilberto Kassab (DEM).
Porém, pesquisas internas do PSDB detectaram que o eleitor paulista identifica muito Alckmin e Serra como sendo aliados e integrantes do mesmo grupo político.As mesmas pesquisas demonstram que o eleitor de Alckmin espera que ele defenda a eleição de Serra a presidente, inclusive aquele eleitor de Alckmin que está disposto a votar em Dilma.
A conclusão dos tucanos é que Alckmin precisa defender Serra para não perder votos. Abandonar o barco soaria como uma traição.
Além do mais, o levantamento tucano aponta que a gestão Serra no governo do Estado é bem avaliada, assim como a do próprio Alckmin.
MAIS CAMPANHA
Como prevenção pelo avanço das intenções de voto em Mercadante, Alckmin reforçará sua campanha de rua. O partido vai organizar eventos da militância (panfletagem, bandeiraços e adesivaços) e agendas de "cabos eleitorais de luxo".
O candidato a vice-governador Guilherme Afif Domingos (DEM), a mulher de Alckmin, Lu Alckmin, e os candidatos ao Senado da chapa, Orestes Quércia (PMDB) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), terão agendas próprias a partir de setembro.
Alckmin se concentrará na Grande São Paulo, deixando o interior principalmente para Quércia, Aloysio e Afif. A avaliação é que ele já foi muito para o interior, onde sua liderança é mais consolidada -55% a 20% de Mercadante.
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