“Nem se deve deduzir do que fica exposto que
os insurgentes de junho, e nós também, pretendamos revolver totalmente a
sociedade para reorganizá-la; bem sabemos que estas revoluções radicais são
obra do tempo, e apenas meia dúzia de exaltados podem conceber a esperança de
realiza-las imediatamente; mas o que pretendiam os revolucionários de junho; o
que nós também pretendemos é o governo, como representante da sociedade
inteira, intervenha nos fenômenos da produção, distribuição e consumo, pra
regula-los e substituir pouco a pouco uma ordem fraternal ao desgraçado estado
de guerra que ora reina nestas importantes manifestações da atividade humana.
Os nossos votos hão de ser realizados."
*Antônio Pedro Figueiredo, pernambucano, (1814-1859), filósofo, ensaísta,
jornalista, tradutor e professor. Intelectual da Revolução Praieira, em artigo
na revista O Progresso, Recife, 28 de agosto de 1848)
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