• Candidata do PSB à Presidência disse que prefere aguardar as investigações sobre a Petrobras
- Agência A Tarde
BRUMADO (BA) – A candidata do PSB à Presidência Marina Silva chamou de “ilação” a denúncia de envolvimento do nome do governador de Pernambuco Eduardo Campos no suposto esquema de desvio de dinheiro da Petrobras denunciado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, após acordo de delação premiada. A informação foi publicada neste sábado pela revista “Veja”.
Segundo ela, o investimento da Petrobras no estado governado por Campos, que morreu em acidente aéreo no último dia 13, não daria direito de incluir o então candidato no rol dos que cometeram supostas “irregularidades".
Cautelosa, Marina Silva declarou que vai aguardar as apurações dos “desmandos da Petrobras”. Para ela, cabe ao governo federal explicar a “má governança que ele fez na Petrobras, levando essa empresa que sempre foi exitosa e respeitada dentro e fora do Brasil a quase uma total falência”. A candidata devolveu ainda as declarações da presidente Dilma Rousseff sobre a suposta ideia da candidata do PSB de colocar a exploração da camada do pré-sal em segundo plano, caso seja eleita.
- Quem ameaça o pré-sal é a corrupção que está assolando a Petrobras - afirmou.
Neste sábado, Marina, seu vice Beto Albuquerque, as candidatas ao governo, Lídice da Mata, e ao senado, Eliana Calmon, participaram de uma caminhada pelas ruas de Brumado, cidade do sudoeste baiano. Em seguida, todos se concentraram na região central da cidade para um comício. Com a praça cheia, Marina disse que seus adversários estariam tentando plantar várias inverdades a seu respeito, mas salientou que uma pessoa que teria passado “por tantas agruras nesta vida” não iria nunca acabar com o principal programa social do atual governo, o Bolsa Família.
- Quem pensa dessa forma está totalmente equivocado. Vamos sim é ampliá-lo e melhorá-lo ainda mais - prometeu a candidata, que afirmou que não pretende modificar os programas de construção de ferrovias federais e que vai provocar “a pororoca da mudança”.
O evento em Brumado começou com atraso porque Marina não quis que o avião que transportava sua comitiva pousasse no aeroporto da cidade, que pertence a uma mineradora. Preferiu desembarcar na vizinha cidade de Vitória da Conquista, onde teria agenda na parte da tarde, e seguir de carro numa viagem de duas horas para Brumado, para o primeiro evento de sua passagem pelo Sudoeste Baiano. De Vitória da Conquista, após outro comício, ela seguiu para o Ceará.
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