No baralho da amizade
queria
ser o Coringa
entrando
em todos os jogos
tirando
mofo e mandinga
passando
por todos naipes
num alegre pinga-pinga.
Coringando pela vida
entre
os amigos diletos
iluminando
os caminhos
na
ciranda dos afetos
fazendo
a roda crescer
pais
irmãos filhos e netos.
Em
mandato de amizade
encontros
de alegria
olho
no olho e risada
os
temperos da poesia
guloseimas
e bebida
na
noite e no claro dia.
Queria
essa coringagem
sem
amarra nem bitola
com
o nariz do palhaço
e
o coelho na cartola
ouro
pau copa e espada
Coringa
passando a bola.
No
espelho de Narciso
essa
é uma boa imagem.
Dr.
Freud me desculpe
mas
vou fazer ancoragem
consciente-inconsciente
bate-bola
sem blindagem.
Do
Coringa da Amizade
vamos
vestir o seu manto
pelas
esquinas da vida
dissolvendo
desencanto
em
confraternização
alegria
e acalanto.
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