O que tu chamas tua paixão,
É
tão-somente curiosidade.
E
os teus desejos ferventes vão
Batendo
as asas na irrealidade...
Curiosidade
sentimental
Do
seu aroma, da sua pele.
Sonhas
um ventre de alvura tal,
Que
escuro o linho fique ao pé dele.
Dentre
os perfumes sutis que vêm
Das
suas charpas, dos seus vestidos,
Isolar
tentas o odor que tem
A
trama rara dos seus tecidos.
Encanto
a encanto, toda a prevês.
Afagos
longos, carinhos sábios,
Carícias
lentas, de uma maciez
Que
se diriam feitas por lábios...
Tu
te perguntas, curioso, quais
Serão
seus gestos, balbuciamento,
Quando
descerdes na espirais
Deslumbradoras
do esquecimento...
E
acima disso, buscas saber
Os
seus instintos, suas tendências...
Espiar-lhe
na alma por conhecer
O
que há de sincero nas aparências.
E
os teus desejos ferventes vão
Batendo
as asas na irrealidade...
O
que tu chamas tua paixão,
É
tão-somente curiosidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário