Renan Truffi, Vera Rosa e Mariana Haubert | O Estado de S. Paulo.
O Centrão pode apresentar mais de uma alternativa de vice para a chapa do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência, que receberá o apoio oficial do bloco na manhã de hoje. O anúncio será realizado sem a definição do vice, após o empresário Josué Gomes (PR) ter recusado o convite. Integrantes do bloco tentam convencê-lo a mudar de ideia, mas na prática já trabalham com um plano B.
“Caso existam diversas opções, pode ser que a gente apresente mais de uma alternativa. A palavra final será de Alckmin. Nossos partidos têm bons nomes e não vamos ter dificuldade em encontrar um novo. A escolha não será tratada como um pleito deste ou daquele partido”, afirmou ontem o presidente do DEM, ACM Neto.
Após jantar com representantes do Centrão – formado por DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade –, em Brasília, Alckmin disse ter até 4 de agosto, data da convenção do PSDB, para definir a composição de sua chapa. Admitiu, no entanto, ainda não ter recebido resposta definitiva de Josué. “Se ele puder, ótimo. Se não, sem pressa”, disse, ao deixar a casa do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), onde foi realizado o encontro.
Durante todo o dia, dirigentes do Centrão tentavam negociar uma saída enquanto Josué, filho do ex-vice-presidente José Alencar, não se posicionava. Integrantes do bloco se irritaram com a recusa do empresário.
“Também acho que Josué não foi muito correto conosco. Foi deselegante, fazendo a gente esperar e acreditando nele”, disse Paulo Pereira da Silva, presidente do Solidariedade.
A sigla tentava emplacar a indicação do ex-ministro Aldo Rebelo, mas o PP queria a cadeira para o empresário Benjamin Steinbruch. O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional se filiou ao PP para ser vice do pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, mas a estratégia naufragou com o apoio do bloco a Alckmin.
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