• Proposta de ajuste fiscal levada por Skaf sugere redução da máquina e cortes no orçamento
- O Globo
- BRASÍLIA- Acompanhado de outros dirigentes da entidade, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( Fiesp), Paulo Skaf, apresentou ontem ao vice- presidente Michel Temer, em reunião no Palácio do Jaburu, a proposta para um ajuste fiscal sem aumento de impostos. A redução do tamanho da máquina governamental estaria entre as sugestões.
Na saída, Skaf afirmou que Temer concordou com a ideia, embora não tenha assumido qualquer compromisso, como abrir mão de uma nova CPMF.
— Ele (Temer) não é a favor de aumento de impostos. Ele respeita muito esse processo ( de impeachment) que não está concluído — afirmou.
Perguntado sobre o que ouviu de Temer após apresentar sua proposta de arrumar as contas públicas fazendo cortes nos gastos do governo, sem aumentar impostos, Skaf não deu detalhes:
— Não vim pegar compromissos do vice- presidente, mas mostrar uma realidade pela qual as empresas e as pessoas estão passando.
O encontro com o vice durou cerca de seis horas. Apesar da longa reunião, Skaf negou que tenha conversado com Temer sobre a composição de um futuro governo ou sido sondado para um posto.
Skaf foi candidato ao governo de São Paulo nas últimas eleições pelo PMDB. É amigo de Temer e participou, com outros líderes empresariais, de um movimento a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O dirigente da Fiesp disse que, mesmo num governo Temer, combaterá o aumento de impostos.
— O governo não teria moral de pedir à sociedade mais impostos. Tem que mostrar serviço primeiro, cortando despesas para acertar suas contas dentro do seu orçamento, como as famílias e as empresas fazem — disse.
Skaf propôs uma reavaliação do orçamento para preservar os programas sociais e também passar a credibilidade de que o país precisa para ter um ambiente propício ao investimento.
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