DEU NO JORNAL DA CIDADE DE PINDAMONHANGABA/SP
Muito interessante a polêmica internacional sobre a divulgação de correspondência secreta da diplomacia estadunidense pelo site Wikileaks, revelando milhares documentos com informações diversas, avaliações e indiscrições diversas.
O primeiro aspecto, que mereceu certo consenso da imprensa e da maioria dos analistas, é que a responsabilidade de manter o segredo é de quem o tem sob sua guarda. Tendo sido o acesso ao material feito sem a utilização de meios criminosos, resguardado o sigilo da fonte e a legislação que protege a individualidade, a imagem e a honra das pessoas, cabe à imprensa livre, aos jornalistas e aos editores publicar e aos noticiados se explicar.
Outro ponto interessante é saber que no meio diplomático dos EUA, como deveria ser a rotina de todo serviço público estrangeiro ou nacional, os comentários, as observações, as análises e, tudo indica, as decisões são escritas, registradas e guardadas. Isso é essencial para o exercício do poder nas democracias, que pressupõe a responsabilidade dos agentes públicos sobre as coisas que fazem ou deixam de fazer.
A publicidade no serviço público é a norma, mas pode ser que em casos excepcionais, definidos em lei, sejam mantidas sob diversas classificações e tempo de sigilo, porém para a história e para a verdade é saudável saber que existem e serão publicadas.
Outra coisa que fica clara com essas revelações é que, se os dirigentes dos países dispõem de uma rede abrangente de informantes sobre assuntos importantes (ou meras fofocas) em outros países, com certeza dispõe de meios ainda mais abrangentes e elaborados para obterem informações relevantes dentro de seus próprios territórios.
Essa conversa mole, ainda comum no Brasil, de Presidente da República, Governador de Estado, Prefeitos de grandes cidades, e mesmo presidentes de grandes empresas estatais e privadas dizerem que não sabiam nada sobre assuntos importantes e/ou malfeitos perpetrados por seus subordinados de alto escalão não é plausível, vista a estrutura e a capacidade dos sistemas de informações que lhes assessoram.
As opções disponíveis para explicar essa cegueira seletiva não são nada abonadoras da liderança neles depositada: ou mentem descaradamente ou não quiseram investigar e saber ou foram singelamente enganados.
Urbano Patto é Arquiteto Urbanista, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional e membro do Conselho de Ética do Partido Popular Socialista - PPS - do Estado de São Paulo. Críticas e sugestões: urbanopatto@hotmail.com
Muito interessante a polêmica internacional sobre a divulgação de correspondência secreta da diplomacia estadunidense pelo site Wikileaks, revelando milhares documentos com informações diversas, avaliações e indiscrições diversas.
O primeiro aspecto, que mereceu certo consenso da imprensa e da maioria dos analistas, é que a responsabilidade de manter o segredo é de quem o tem sob sua guarda. Tendo sido o acesso ao material feito sem a utilização de meios criminosos, resguardado o sigilo da fonte e a legislação que protege a individualidade, a imagem e a honra das pessoas, cabe à imprensa livre, aos jornalistas e aos editores publicar e aos noticiados se explicar.
Outro ponto interessante é saber que no meio diplomático dos EUA, como deveria ser a rotina de todo serviço público estrangeiro ou nacional, os comentários, as observações, as análises e, tudo indica, as decisões são escritas, registradas e guardadas. Isso é essencial para o exercício do poder nas democracias, que pressupõe a responsabilidade dos agentes públicos sobre as coisas que fazem ou deixam de fazer.
A publicidade no serviço público é a norma, mas pode ser que em casos excepcionais, definidos em lei, sejam mantidas sob diversas classificações e tempo de sigilo, porém para a história e para a verdade é saudável saber que existem e serão publicadas.
Outra coisa que fica clara com essas revelações é que, se os dirigentes dos países dispõem de uma rede abrangente de informantes sobre assuntos importantes (ou meras fofocas) em outros países, com certeza dispõe de meios ainda mais abrangentes e elaborados para obterem informações relevantes dentro de seus próprios territórios.
Essa conversa mole, ainda comum no Brasil, de Presidente da República, Governador de Estado, Prefeitos de grandes cidades, e mesmo presidentes de grandes empresas estatais e privadas dizerem que não sabiam nada sobre assuntos importantes e/ou malfeitos perpetrados por seus subordinados de alto escalão não é plausível, vista a estrutura e a capacidade dos sistemas de informações que lhes assessoram.
As opções disponíveis para explicar essa cegueira seletiva não são nada abonadoras da liderança neles depositada: ou mentem descaradamente ou não quiseram investigar e saber ou foram singelamente enganados.
Urbano Patto é Arquiteto Urbanista, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional e membro do Conselho de Ética do Partido Popular Socialista - PPS - do Estado de São Paulo. Críticas e sugestões: urbanopatto@hotmail.com
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