sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Balança tem déficit recorde; importação ganha incentivo

De janeiro a julho, a balança comercial do País acumulou déficit de US$ 4,989 bilhões, a pior marca da história para o período. Somente em julho, o déficit foi de US$ 1,9 bilhão. Ontem, o governo anunciou a redução do Imposto de Importação para 100 produtos, a maior parte insumos utilizados pela indústria, com o objetivo de baratear o custo e tentar impedir aumento da inflação. O dólar subiu 1,1% e encerrou o dia a R$ 2,3030.

Déficit comercial atinge US$ 4,9 bi no ano, o pior resultado da história

A balança comercial registrou no acumulado de janeiro a julho um déficit de US$ 4,989 bilhões a pior marca da história para o período, O resultado foi influenciado pelo ; déficit de US$ 1,9 bilhão apenas no mês passado também o mais baixo resultado para os meses de julho.

O governo atribuiu o desempenho negativo - mesmo contando com um câmbio mais favorável às exportações - à conta petróleo, mas disse ainda acreditar que o comércio exterior brasileiro encerrará o ano com saldo positivo. Ontem foi anunciada mais uma medida para estimular a importação de insumos industriais.

O resultado do mês passado teve influência desfavorável nas duas pontas. Não só houve queda das exportações na comparação com julho de 2012 como também.um aumento das importações nesse período. O movimento da balança comercial reflete o comportamento da chamada conta petróleo. Em julho o Brasil diminuiu a quantidade de petróleo vendida ao exterior e aumentou o volume de compras de seus derivados.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior Tatiana Prazeres argumentou que se esse grupo fosse retirado dos cálculos da balança seria registrado o maior valor de exportações da história no acumulado do ano. Ela calculou que o déficit total de quase US$ 5 bilhões de janeiro a julho se tomaria um superávit de US$ 10,5 bilhões sem esses itens. Os dados que o ministério divulga têm início em 1993.

Segundo Tatiana essa conta para a balança “é fundamental”,Ela negou no entanto, que estivesse fazendo uma analise parcial do comércio exterior ao retirar hipoteticamente esse item do balanço em suas análises. “O objetivo é explicar os motivos (do déficit)”disse.

Os números do petróleo vêm sendo uma dor de cabeça para o governo desde o início do ano por. causa de um problema de contabilidade da Petrobrás, Cerca de US$ 4,5 bilhões que deveriam ter entrado em 2012 foram registrados apenas este ano o que ajudou a distorcer os saldos mensais. Além disso o Brasil vendeu menos e comprou mais petróleo e derivados acentuando o déficit.

Para o restante do ano Tatiana projeta uma inversão das tendências tanto do petróleo quanto geral. Outros produtos responsáveis por esse empurrão segundo ela, devem ser aviões automóveis e milho. O saldo, prevê fechará 2013 110 azul ainda que abastante inferior” ao superávit de US$ 19,4 bilhões visto no ano passado.

“Julho foi um mês atípico”, disse Tatiana que também atribuiu parte do resultado negativo à queda dos preços de alguns produtos agrícolas, como café milho e açúcar. “Mas temos sinais de que os dados vão melhorar há elementos que nos apontam para recuperação da balança nos meses seguintes".

Fonte: O Estado de S. Paulo

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