Na
condução delinquente do país durante a pandemia, Bolsonaro mentiu e deu dados
falsos à população
No
dia em que o Brasil bateu a marca
calamitosa de 200 mil mortes pela Covid-19, o ministro da Saúde
apontou o que realmente atormenta o governo. Não é a tragédia nacional, mas a
divulgação de informações negativas sobre a negligência federal no combate à
pandemia.
"Não
queremos a interpretação dos fatos dos senhores", reclamou Eduardo
Pazuello, inconformado
com a imprensa. "Deixem a interpretação para o povo
brasileiro."
A indignação do general mostra que o governo Jair Bolsonaro prefere desinformar e mentir sem ser incomodado. Na condução delinquente do país na pandemia, esses são alguns dos "fatos" que o presidente apresenta para o "povo brasileiro":
Bolsonaro
faz uma propaganda
contínua contra a vacinação. O presidente alega que essa é uma
escolha individual e lança alertas vazios sobre seus riscos, sem apresentar evidências.
Com isso, ele trabalha contra a imunização coletiva que é necessária para
proteger a população.
Em
novembro, Bolsonaro afirmou nas redes sociais que o imunizante desenvolvido em
São Paulo produz "morte, invalidez, anomalia". Ele festejou o óbito
de um voluntário e atribuiu o caso à vacina. Era mentira.
O
presidente também se tornou líder de um movimento charlatão ao recomendar o
uso de medicamentos ineficazes. Além de se tornar mercador de
cloroquina, ele afirmou que a África controlou a pandemia com a aplicação de
ivermectina. Nenhuma autoridade sanitária confirma essa relação, mas a
informação circula entre youtubers bolsonaristas.
No
pacote, também estão dados falsos
sobre o uso de máscaras ("a proteção é um percentual
pequeno") e a irresponsável tentativa de minimizar os riscos da doença,
inaugurada em março de 2020 com a infame previsão de que a pandemia provocaria
menos de 800 mortes no país.
No pronunciamento desta quinta (7), o ministro da Saúde disse que "a desinformação e a interpretação equivocada ou tendenciosa leva a consequências trágicas". O governo cumpriu essa missão.
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