sábado, 9 de junho de 2012

Em Recife, João da Costa sem trégua com Humberto

PT x PT Prefeito diz que diálogo com senador pode até ocorrer, em outro momento, mas reitera que deve recorrer da decisão da cúpula

Bruna Serra

Firme no discurso de que o momento não é propício a distencionamentos, como quer o pré-candidato Humberto Costa, o prefeito do Recife, João da Costa disse que apesar de aceitar conversar com o correligionário, avalia que o jogo ainda não acabou, por isso não seria o momento para dialogar. “Humberto não me procurou e eu também acho que não é o momento da gente conversar. Talvez não seja o momento adequado ainda da gente conversar porque as feridas ainda estão muito abertas e talvez o resultado disso não seja o melhor para o partido”, ponderou João da Costa, ontem pela manhã, em entrevista à Rádio Jornal. Na ocasião, o gestor voltou a afirmar que deverá recorrer da decisão da Executiva nacional petista, que na última terça-feira (5) negou-lhe o direito de disputar a reeleição, avaliando que o melhor nome para representar o partido nas eleições de outubro seria o do senador.

Durante a tarde de ontem, o prefeito reunir-se individualmente com quase todos os integrantes de seu grupo político e deve anunciar no começo da semana que entrará com recurso no Diretório nacional do PT contestando a decisão. O diretório é formado por 84 membros e a Executiva é submetida a ele e conta apenas com 22 integrantes. A esperança do prefeito é de que um quórum maior possibilite sua vitória. “A tendência é mesmo recorrer porque a decisão não convenceu. Não foi usado um argumento político para retirar meu nome e colocar o de Humberto Costa. Disseram apenas que eu tinha que sair porque meu nome não unia o PT e a Frente Popular. Mas não estou vendo união”, informou o prefeito na rádio.

Os deputados estaduais Teresa Leitão e André Campos, bem como o deputado federal Fernando Ferro, foram os principais defensores do recurso. “Para iniciarmos a composição do documento que será enviado ao diretório falta apenas a decisão final, que cabe ao próprio prefeito. Não houve nenhum dos coordenadores que se posicionasse de forma contrária ao recurso. Ponderamos todas as possibilidades, mas a decisão em recorrer foi unânime”, esclareceu André Campos.

O prazo para o prefeito entrar com o recurso na subsede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo espira na próxima sexta-feira (15), dez dias depois do anúncio do resultado, anunciado em entrevista coletiva na quarta-feira (6) pelo presidente nacional do partido, Rui Falcão.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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