É CEDO PARA APOSTAR
Eliane Cantanhêde
Eliane Cantanhêde
BRASÍLIA - As campanhas estão em fase de aquecimento, e não convém ainda fazer apostas. Em São Paulo, Rio, Porto Alegre, Recife e Salvador, tudo pode acontecer. Em Curitiba, o favorito de hoje tem tudo para ganhar mesmo amanhã, mas o segundo lugar ainda vai dar muito trabalho e o que falar.
São Paulo polarizou entre Marta (PT) e Alckmin (PSDB), e qualquer aposta tem que pular o primeiro turno e focar no segundo. Tudo depende da profundidade e das conseqüências do racha tucano. No Rio, Marcelo Crivella (PRB) está em primeiro, mas 24% não dão segurança para ninguém. Jandira Feghali (PC do B) está logo ali, com 16%, e Eduardo Paes, 13%, não é só a novidade em ascensão como tem o governador Sérgio Cabral.
Em Porto Alegre, como previsto, o prefeito José Fogaça (PMDB) lidera, mas Maria do Rosário (PT), 20%, e Manuela D"Ávila (PC do B), 18%, formam uma maioria feminina e de esquerda que pode ser decisiva no segundo turno. O DEM joga suas poucas cartadas em Recife, com Mendonça Filho, e em Salvador, com ACM Neto. Mas Cadoca (PSC) e João da Costa (PT), ambos com 22%, estão na jogada na capital pernambucana. E, na baiana, há um empate técnico com o tucano Antônio Imbassahy. Entre sete capitais, Curitiba é a única com chance real de fechar a eleição em primeiro turno: o prefeito Beto Richa (PSDB) tem 72%. Mas a petista Gleisi Hoffmann, 12%, teve um desempenho meteórico na última eleição e conta com uma aguerrida militância petista.
As duas curiosidades são a dianteira de Jô Moraes em Belo Horizonte e o PC do B entre os três primeiros no Rio, em Porto Alegre e na própria BH. Mulher, paraibana, comunista e de uma sigla pequena, Jô Moraes dá um nó nos poderosos Aécio Neves e Fernando Pimentel.Pelo menos até o início da propaganda na TV e as divisões de Napoleão chegarem à Rússia. É aí que o jogo (bruto) começa para valer.
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