A presidente Dilma Rousseff nomeou César Borges como ministro dos Transportes.
Borges é do PR. Dilma precisa dessa sigla em 2014 para tocar seu projeto de reeleição. O fato de o partido ter sido um dos expoentes do escândalo do mensalão não importa.
Também não faz diferença para a presidente se alguém vier a questioná-la sobre estar desfazendo a faxina realizada no início do seu governo. O PR foi uma das legendas enxotadas da Esplanada dos Ministérios no começo da administração Dilma.
Todas essas observações políticas são verdadeiras, mas irrelevantes para o cidadão comum. O que conta é o aspecto prático por trás da nomeação de Borges. Por exemplo, a capacidade do novo ministro de melhorar o estado das estradas brasileiras. Ou sua habilidade para dotar o país de um sistema de transportes eficaz e que impeça a soja do Brasil de chegar à China custando 30% ou 40% a mais do que a produzida nos EUA.
Gostaria de estar enganado, mas parece óbvio que nada mudará na gestão de transportes no país com a chegada de Borges. Assim como a recente nomeação de Moreira Franco como ministro da Aviação Civil não trará nenhum ganho governativo no dia a dia dos aeroportos brasileiros.
Dilma tem 39 ministérios. Um número recorde desde Pedro Álvares Cabral. Ainda assim, basta sair à rua para constatar o atraso na infraestrutura. Portos, aeroportos, estradas e ferrovias estão em situação incompatível com uma das dez maiores economias do planeta.
Enquanto a tal sensação de bem-estar dos brasileiros estiver em alta, talvez ninguém se importe se César Borges será um bom ministro. Só que está cada vez mais evidente que gestão não é o forte da atual presidente.
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É patética a discussão sobre cassar ou não Marco Feliciano por afirmar que uma comissão da Câmara foi comandada por Satanás.
Fonte: Folha de S. Paulo
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