quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sócio de pivô do dossiê continua na equipe

DEU NA FOLHA DE S. PAULO

Desligamento da empresa do jornalista Luiz Lanzetta ainda não foi formalizado pelo PT

Ranier Bragon e Márcio Falcão

BRASÍLIA - O desfecho planejado pelo comando da campanha de Dilma Rousseff (PT) para tentar sepultar a "crise do dossiê" ainda não se concretizou. A Lanza Comunicação continua com o contrato com o PT e um de seus sócios seguia até ontem atuando na estrutura de campanha.

No sábado, o jornalista Luiz Lanzetta, dono da Lanza, anunciou a rescisão unilateral do contrato com o PT.

Lanzetta foi apontado em reportagens como responsável por encomendar dossiê contra José Serra (PSDB) e investigação para detectar vazamento de informações na própria campanha. Ele nega.

Até ontem, porém, o PT não havia formalizado o desligamento da empresa -cujo contrato vai até o dia 31- e estudava a forma jurídica de tratar o tema, já que pretende manter a maioria dos assessores contratados via Lanza.

Além disso, o sócio de Lanzetta, o jornalista Robson Barenho, continuava trabalhando na campanha de Dilma, na área de rádio.

Ontem, a situação da Lanza foi discutida em reunião da coordenação da campanha. O secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, afirmou que o contrato será "rescindido formalmente".

Sobre a permanência do sócio da Lanza na campanha, petistas disseram que também ainda é objeto de análise quem são os assessores que vão permanecer.

"Não temos nada contra ele [Barenho]. Não temos nada contra Lanzetta, foi ele quem decidiu sair. Vamos discutir isso ainda, mas estamos contentes com a equipe", disse o secretário nacional de Comunicação do partido, André Vargas.

Apesar de o PT não negar a participação de Barenho, ele disse que não tem ligação formal com a campanha.

A Folha tentou falar com Barenho pelos telefones da casa montada para a pré-campanha de Dilma. Funcionários confirmaram que ele continuava na casa.

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