Erich Decat
BRASÍLIA - Em meio ao processo de criação de um partido para viabilizar sua candidatura em 2014, a ex-ministra Marina Silva afirma que nem o ex-presidente Lula nem a presidente Dilma Rousseff são "imbatíveis", apesar de seus altos índices de aprovação.
"Não existem fortes que não se enfraqueçam nem fracos que não se fortaleçam", disse em entrevista à Folha.
Segundo o último Datafolha, se as eleições presidenciais fossem hoje, Lula ou Dilma seriam eleitos no primeiro turno. As intenções de voto de Marina variam entre 13% e 18%, índice próximo ao alcançado nas eleições presidenciais de 2010, quando ela atingiu 19,3%, ou 19,6 milhões de votos.
Questionada sobre o lançamento de uma candidatura para disputar a Presidência em 2014, ela diz que a decisão não é dela.
"Quem tem 18% das intenções de votos com certeza tem uma responsabilidade grande com esse legado. Não fui candidata 'a priori' nesses dois anos e não estou na condição de candidata 'a priori'."
Sobre o novo partido, que ainda precisa da assinatura de cerca de 500 mil eleitores de nove Estados, ela diz que o processo está "amadurecido", sem dar detalhes.
Entre as pessoas com quem ela conversa para levar à nova sigla estão o deputado José Antonio Reguffe (PDT-DF), o deputado Walter Feldman (PSDB-SP) e a ex-senadora Heloisa Helena (PSOL-AL).
Legado verde
De olho no capital eleitoral deixado por Marina, integrantes da cúpula do PV pressionam o ex-deputado federal Fernando Gabeira para se lançar como candidato à Presidência em 2014.
No dia 17, Gabeira será uma das estrelas do programa do PV que vai ao ar em cadeia nacional de rádio e TV.
Ele nega que seja uma sinalização de que será candidato. "Há entre eles [do PV] essa expectativa, mas é improvável", disse.
Fonte: Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário