/ RIO - O candidato do PSOL à prefeitura do Rio, Marcelo Freixo, divulgou ontem um “compromisso” com sete pontos, para “romper com o medo” de parte do eleitorado de que faça um governo esquerdista. No documento, ele afirma que montará um secretariado técnico, buscará equilíbrio do orçamento municipal – tabus na esquerda – e manterá o diálogo com os governos federal e estadual.
Expediente semelhante foi usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando lançou a “Carta ao Povo Brasileiro”, em julho de 2002. Nela, Lula prometia “lúcida e criteriosa transição”, num momento de instabilidade no mercado de câmbio e de ações, quando ele liderava as pesquisas de opinião. Freixo refutou, porém, comparações com o documento lançado por Lula”.
“Não é nem de carta que a gente está chamando, mas de um compromisso”, disse. “A gente quer que as pessoas conheçam melhor o programa e rompam um pouco com o medo. Sempre existe o medo do novo.”
O documento será detalhado hoje, em lançamento oficial, num encontro com empresários, na zona sul. No texto, Freixo manda recado aos empresários de que não haverá ruptura com contratos em situação regular e avisa que agirá de forma equilibrada. Também rebate as principais críticas de seu adversário, Marcelo Crivella (PRB), que em compromissos de campanha tem dito que Freixo não terá diálogo com outras instâncias de governo.
‘Patetas’. Crivella criticou ontem, em sabatina no SBT, órgãos e profissionais de imprensa que publicaram reportagens que considerou desfavoráveis à sua candidatura. Ele classificou de “patetas” e “meninos irresponsáveis” jornalistas que divulgaram informações que o desagradaram. A fala é uma reação à reportagem da revista Veja que revelou um episódio em que o senador foi levado preso por tentativa de invasão a domicílio. No domingo, O Globo publicou nota vinculando Crivella a investigações da Lava Jato.
“Infelizmente sou mais uma vítima da imprensa. Mas tenho certeza que o povo do Rio está pouco ligando para esta bobagem. Isso apareceu porque eles estão desesperados porque sabem que eu vou ganhar”, disse.
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