quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Genial/Quaest: Lula lidera cenários de 1º e 2º turno para 2026 e abre vantagem sobre Tarcísio

Por Joelmir Tavares, Cristiane Agostine e Lilian Venturini / Valor Econômico

Distância entre presidente em eventual segundo turno contra governador de SP agora é de 12 pontos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança nas simulações de primeiro e segundo turno para 2026, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (9). O levantamento feito neste mês, a um ano das eleições, mostra que os nomes mais competitivos contra Lula em eventual segundo turno são os de Ciro Gomes (PDT)Jair Bolsonaro (PL)Tarcísio de Freitas (Republicanos) Michelle Bolsonaro (PL).

Segundo a pesquisa, Lula tem entre 35% e 43% das intenções de voto, nos oito cenários de primeiro turno testados. O levantamento ouviu 2.004 pessoas entre quinta-feira (2) e domingo (5) e possui margem de erro de dois pontos.

O melhor desempenho entre os candidatos oposicionistas é o de Bolsonaro — que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi condenado por tentativa de golpe de Estado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro marca 26% contra 35% de Lula.

Contra Michelle, Lula tem 36%, e a ex-primeira-dama possui 21%. Contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula alcança 39%, e o governador de São Paulo registra 18%. Contra Eduardo Bolsonaro (PL), Lula chega a 35%, e o deputado federal tem 15%.

Outros governadores de oposição cotados para a disputa, como Romeu Zema (Novo)Ronaldo Caiado (União), Ratinho Junior (PSD) e Eduardo Leite (PSD), também ficam atrás do petista.

Nas simulações de segundo turno, cresceu a vantagem de Lula sobre Tarcísio, na comparação com a pesquisa do mês anterior. A diferença, que era de 8 pontos em setembro, passou para 12 pontos percentuais. Num embate direto, Lula tem agora 45%, ante 33% de Tarcísio, visto como principal aposta da oposição.

Na simulação de primeiro turno com os dois concorrendo, Lula tem agora uma distância de 21 pontos para Tarcísio. Em setembro, eram 18 pontos. O governador de São Paulo sofreu prejuízo de imagem desde o início da ofensiva de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e acumulou desgastes por defender o tarifaço do presidente Donald Trump e por subir o tom no embate com o STF, em defesa de Jair Bolsonaro.

Nos cinco cenários de primeiro turno em que o nome de Eduardo Bolsonaro foi testado, os resultados dele variam de 15% a 23%. O melhor desempenho do deputado (23%) é num cenário em que os outros candidatos são Lula (43%) e Caiado (10%).

Segundo turno

A Quaest mostra que o candidato que mais se aproxima de Lula no segundo turno é Ciro Gomes. Num eventual confronto contra seu ex-ministro, Lula tem 41%, e o rival marca 32% (distância de 9 pontos percentuais).

Ainda nas simulações de segundo turno, Lula possui 46%, à frente de Jair Bolsonaro, com 36% (diferença de 10 pontos). Contra Michelle, Lula registra 46%, e a ex-primeira-dama alcança 34% (diferença de 12 pontos).

O adversário com o pior desempenho num enfrentamento contra Lula é Leite. O presidente, com 45%, abre 23 pontos de vantagem sobre o governador do Rio Grande do Sul, que registra 22%.

Apesar da dianteira de Lula, a maioria do eleitorado acha que ele não deveria se candidatar à reeleição em 2026. Hoje, 56% dos eleitores têm essa opinião, uma oscilação para baixo na comparação com os 59% que viam dessa maneira no mês passado. Os que acham que Lula deveria concorrer são 42% (ante 39%).

Já sobre Bolsonaro, a fatia que considera que ele deveria abrir mão de se candidatar e apoiar outro nome é de 76%, mesmo patamar de setembro. E os eleitores que afirmam que o ex-presidente deveria manter o plano de se candidatar são 18% (eram 19%).

A Quaest divulgou na quarta-feira (8) os resultados da avaliação do governo Lula. A desaprovação (49%) seguiu a tendência de queda e empatou com a aprovação (48%), no primeiro levantamento depois da votação da isenção do Imposto de Renda.

A avaliação positiva (33%) e a negativa (37%) do governo estão empatadas dentro do limite da margem de erro da pesquisa. Na rodada anterior, de setembro, a avaliação positiva era de 31%, e a negativa, de 38%.

 

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