“Nestas linhas, soltas ao voar do pensamento, sem formas acabadas, sem linguagem polida, vosso espírito elevado não enxergará um plano misterioso de desacreditar o governo, este ou aquele governo, este ou aquele ministério, esta ou aquela administração. A meu ver, os erros administrativos e econômicos que afligem o Império não são exclusivamente filhos de tal ou tal indivíduo que há subido ao poder, de tal ou tal partido que há governado. Não. Constituem um sistema seguido, compacto, invariável. Eles procedem todos de um princípio político afetado de raquitis, de uma ideia geradora e fundamental: a onipotência do Estado, e no Estado a máquina central, e nesta máquina certas e determinadas rodas que imprimem movimento ao grande todo”.
(A.C.Tavares Bastos, em “Cartas do Solitário”, pág. 29 – Editora Nacional, 1938 – São Paulo)
(A.C.Tavares Bastos, em “Cartas do Solitário”, pág. 29 – Editora Nacional, 1938 – São Paulo)
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