DEU EM O GLOBO
Abstenção no 1º dia do vestibular foi de 36%; segunda prova será domingo
Lauro Neto
Cerca de 33 mil candidatos dos 92.365 inscritos faltaram ao primeiro dia do vestibular da UFRJ, ontem. Segundo o reitor da universidade, Aloísio Teixeira, o índice de abstenção de 36%, menor que os 42% do ano passado, está dentro do esperado:
- Tínhamos uma expectativa de faltosos maior do que a que de fato ocorreu. Depois, com o problema no Enem, achamos que seria menor. Mas, como essa questão já está sendo resolvida, não ficou nem tão baixo nem tão alto - avaliou Teixeira, que se pronunciou pela primeira vez ontem sobre o Enem.
O reitor garantiu que a UFRJ manterá 60% das vagas destinadas ao Enem, sendo 20% reservadas para alunos da rede estadual de ensino. A segunda prova do vestibular da universidade acontece neste domingo.
- Os candidatos prejudicados foram uma minoria. A maioria aceitou o Enem. É claro que não era para ter havido erro, mas o Enem é um êxito, um passo à frente para a democratização do acesso ao ensino superior - disse ele.
Reitor: não haverá atraso no calendário universitário
Teixeira voltou ontem de Brasília, onde se reuniu com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Para o reitor da UFRJ, não haverá atraso no calendário universitário em função dos erros acontecidos no Enem:
- O único atraso que pode haver é se a Justiça determinar que todas as provas devem ser feitas de novo, mas não acredito que aconteça isso. Estive com Haddad, e o problema está praticamente resolvido - afirmou o reitor.
Ele minimizou ainda a suspeita de vazamento do tema da redação do exame. Em sua opinião, deveriam ser aplicadas novas provas apenas aos candidatos que, em função da troca dos títulos de cabeçalhos, preencheram errado o cartão de resposta e aos que receberam as provas amarelas com algumas questões faltando:
- A suspeita de vazamento diz respeito a um local específico. Você não vai prejudicar quatro milhões de pessoas porque quatro tiveram acesso à redação. A pior coisa que pode acontecer é obrigar quatro milhões de jovens a fazer a prova de novo. Isso seria uma desumanidade, não faz o menor sentido. A solução mais plausível é aplicar uma prova só para quem foi prejudicado.
Candidato a uma vaga em Ciências Contábeis na UFRJ, Raphael Miranda, de 18 anos, não concordou com o reitor da instituição. Ele foi prejudicado pela inversão no cabeçalho do Enem e fez a primeira prova da UFRJ na esperança de se sair melhor.
- Acho que deveria haver um novo Enem para todo mundo. Por orientação do fiscal, marquei tudo invertido. Já fiz o requerimento para a correção invertida, mas me sinto prejudicado - lamentou Raphael.
Já a vestibulanda Jéssica Pereira, que concorre a uma vaga em Relações Internacionais, foi bem no Enem e não quer a realização de uma nova prova. Aluna do 3 º ano de uma escola estadual, ela também fez a prova da UFRJ ontem e tem direito a disputar os 20% das vagas reservadas à rede estadual de ensino pelo Enem.
- O ideal, para mim, é que não haja outra prova para ninguém. O Inep tinha que ter mais responsabilidade, isso sim - disse Jéssica, de 17 anos.
Abstenção no 1º dia do vestibular foi de 36%; segunda prova será domingo
Lauro Neto
Cerca de 33 mil candidatos dos 92.365 inscritos faltaram ao primeiro dia do vestibular da UFRJ, ontem. Segundo o reitor da universidade, Aloísio Teixeira, o índice de abstenção de 36%, menor que os 42% do ano passado, está dentro do esperado:
- Tínhamos uma expectativa de faltosos maior do que a que de fato ocorreu. Depois, com o problema no Enem, achamos que seria menor. Mas, como essa questão já está sendo resolvida, não ficou nem tão baixo nem tão alto - avaliou Teixeira, que se pronunciou pela primeira vez ontem sobre o Enem.
O reitor garantiu que a UFRJ manterá 60% das vagas destinadas ao Enem, sendo 20% reservadas para alunos da rede estadual de ensino. A segunda prova do vestibular da universidade acontece neste domingo.
- Os candidatos prejudicados foram uma minoria. A maioria aceitou o Enem. É claro que não era para ter havido erro, mas o Enem é um êxito, um passo à frente para a democratização do acesso ao ensino superior - disse ele.
Reitor: não haverá atraso no calendário universitário
Teixeira voltou ontem de Brasília, onde se reuniu com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Para o reitor da UFRJ, não haverá atraso no calendário universitário em função dos erros acontecidos no Enem:
- O único atraso que pode haver é se a Justiça determinar que todas as provas devem ser feitas de novo, mas não acredito que aconteça isso. Estive com Haddad, e o problema está praticamente resolvido - afirmou o reitor.
Ele minimizou ainda a suspeita de vazamento do tema da redação do exame. Em sua opinião, deveriam ser aplicadas novas provas apenas aos candidatos que, em função da troca dos títulos de cabeçalhos, preencheram errado o cartão de resposta e aos que receberam as provas amarelas com algumas questões faltando:
- A suspeita de vazamento diz respeito a um local específico. Você não vai prejudicar quatro milhões de pessoas porque quatro tiveram acesso à redação. A pior coisa que pode acontecer é obrigar quatro milhões de jovens a fazer a prova de novo. Isso seria uma desumanidade, não faz o menor sentido. A solução mais plausível é aplicar uma prova só para quem foi prejudicado.
Candidato a uma vaga em Ciências Contábeis na UFRJ, Raphael Miranda, de 18 anos, não concordou com o reitor da instituição. Ele foi prejudicado pela inversão no cabeçalho do Enem e fez a primeira prova da UFRJ na esperança de se sair melhor.
- Acho que deveria haver um novo Enem para todo mundo. Por orientação do fiscal, marquei tudo invertido. Já fiz o requerimento para a correção invertida, mas me sinto prejudicado - lamentou Raphael.
Já a vestibulanda Jéssica Pereira, que concorre a uma vaga em Relações Internacionais, foi bem no Enem e não quer a realização de uma nova prova. Aluna do 3 º ano de uma escola estadual, ela também fez a prova da UFRJ ontem e tem direito a disputar os 20% das vagas reservadas à rede estadual de ensino pelo Enem.
- O ideal, para mim, é que não haja outra prova para ninguém. O Inep tinha que ter mais responsabilidade, isso sim - disse Jéssica, de 17 anos.
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