Socialistas preferem apoio a Alckmin, mas grupo de Marina aposta em candidatura própria
Marcelle Ribeiro
O PSB e a Rede Sustentabilidade farão uma pesquisa qualitativa no início do ano que vem para decidir se vão apoiar a candidatura à reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ou se lançam nome próprio no estado.
Os dois partidos, que firmaram aliança em outubro, têm posições contrárias. A Rede defende que não há espaço para apoio a Alckmin, posição reafirmada em encontro dos seguidores de Marina Silva, na manhã de sábado em São Paulo. O PSB, por sua vez, acredita que o melhor é apoiar o governador.
Coordenador executivo nacional da Rede, o deputado federal Walter Feldman defende que a aliança com o PSB represente uma terceira via não só em São Paulo, mas onde for possível.
— A ideia de fazer uma pesquisa qualitativa é para ouvir o sentimento das pessoas e dar elementos científicos ao quadro incerto em São Paulo. A Rede defende que existe um quadro de instabilidade política no Brasil e que há um caminho de terceira via que deveria ter repercussão em todos os estados em que isso for possível — acrescentou.
Feldman, que foi do PSDB por 25 anos, disse que, durante encontro com o governador na semana passada, explicou a Alckmin que a Rede não pretende apoiá-lo por uma questão programática, e não, pessoal. Questionado sobre se será o candidato da Rede e do PSB, caso a tese de candidatura própria prevaleça, Feldman disse que há outros nomes além do seu sendo aventados:
— Neste sábado, a Rede definiu que gostaria de ter candidatura programática e colocou alguns nomes possíveis, como a Luiza Erundina e o Márcio França (ambos do PSB).
Mas o próprio França defende o apoio à reeleição de Alckmin, que, segundo ele, pode ajudar na eleição do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), à Presidência da República.
— Temos uma pesquisa interna que mostra que o voto em Geraldo Alckmin é casado com o voto em Eduardo Campos. São pessoas que votam muito antiPT — disse França.
Fonte: O Globo
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