DEU EM O GLOBO
Erenice vai depor sobre tráfico de influência; Amaury Ribeiro Jr. deve ser indiciado
BRASÍLIA. A Polícia Federal vai ouvir hoje, em Brasília, dois dos principais personagens dos escândalos envolvendo a campanha da presidenciável Dilma Roussef f (PT). A ex-ministra Erenice Guerra está intimada a depor, às 9h, no inquérito que apura suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil. Às 10h, o jornalista Amaury Ribeiro Jr., arrolado na quebra de sigilos de tucanos, falará pela quarta vez aos investigadores.
A PF deve indiciá-lo como um dos responsáveis pela compra de dados sigilosos na Receita Federal.
A expectativa é do próprio advogado do jornalista, Adriano Bretas, que se refere ao indiciamento como positivo.
— O último depoimento de Amaury foi há cerca de dez dias. Se o estão chamando outra vez, é um sintoma de que será indiciado. Isso é muito bom, pois assim ele passa a ser investigado e pode provar que não pediu quebra de sigilo — afirmou o advogado.
Depoimento pode esclarecer se Amaury agiu sozinho A Polícia Federal vinha adiando o indiciamento do jornalista como estratégia para que ele colaborasse com as investigações. Na oitiva de hoje, poderá ficar mais claro se Amaury atuou sozinho ou a mando de alguém ao comprar os dados.
Nos seus depoimentos, o despachante Dirceu Rodrigues Garcia afirmou ter recebido, no ano passado, R$ 8,4 mil pelas informações de pessoas ligadas ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Em setembro, depois de ser iniciada a investigação do caso, o jornalista teria pago um “auxílio” de R$ 5 mil ao despachante.
Os depósitos foram feitos em uma agência do Bradesco em Brasília que fica próxima à Lanza Comunicação, empresa que prestou serviços à précampanha de Dilma Rousseff.
Amaury Ribeiro Jr. viajou a São Paulo, onde se deu a negociação, com passagens compradas pelo funcionário do jornal “Estado de Minas” Marcelo Augusto de Oliveira, que não foi ouvido pela PF. Ele trabalha para a diretoria e, entre outras tarefas, cuida das despesas de viagem de repórteres.
O GLOBO apurou que, chamado a depor, o funcionário do jornal mineiro confirmará que adquiriu as passagens para prestar um favor pessoal a Amaury, e não a pedido da empresa.
A informação é confirmada por fontes do jornal e por pessoas próximas a Amaury.
Na época, o jornalista estava em férias e, nos depoimentos anteriores, afirmou que trabalhava por conta própria. Amaury Ribeiro Jr. nega que tenha encomendado dados sigilosos, mas, sim, apenas informações da Junta Comercial.
O depoimento da ex-ministra Erenice Guerra é aguardado com apreensão pelos petistas na reta final da campanha.
No entanto, procurados ontem, os advogados de Erenice não atenderam para confirmar se a ex-ministra comparecerá e, comparecendo, se falará.
Acusado de cobrar propina para facilitar negócios de empresas privadas com o governo, tendo o aval da mãe, o filho dela, Israel Guerra, e outros envolvidos optaram por se manter em silêncio diante dos investigadores.
Erenice vai depor sobre tráfico de influência; Amaury Ribeiro Jr. deve ser indiciado
BRASÍLIA. A Polícia Federal vai ouvir hoje, em Brasília, dois dos principais personagens dos escândalos envolvendo a campanha da presidenciável Dilma Roussef f (PT). A ex-ministra Erenice Guerra está intimada a depor, às 9h, no inquérito que apura suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil. Às 10h, o jornalista Amaury Ribeiro Jr., arrolado na quebra de sigilos de tucanos, falará pela quarta vez aos investigadores.
A PF deve indiciá-lo como um dos responsáveis pela compra de dados sigilosos na Receita Federal.
A expectativa é do próprio advogado do jornalista, Adriano Bretas, que se refere ao indiciamento como positivo.
— O último depoimento de Amaury foi há cerca de dez dias. Se o estão chamando outra vez, é um sintoma de que será indiciado. Isso é muito bom, pois assim ele passa a ser investigado e pode provar que não pediu quebra de sigilo — afirmou o advogado.
Depoimento pode esclarecer se Amaury agiu sozinho A Polícia Federal vinha adiando o indiciamento do jornalista como estratégia para que ele colaborasse com as investigações. Na oitiva de hoje, poderá ficar mais claro se Amaury atuou sozinho ou a mando de alguém ao comprar os dados.
Nos seus depoimentos, o despachante Dirceu Rodrigues Garcia afirmou ter recebido, no ano passado, R$ 8,4 mil pelas informações de pessoas ligadas ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Em setembro, depois de ser iniciada a investigação do caso, o jornalista teria pago um “auxílio” de R$ 5 mil ao despachante.
Os depósitos foram feitos em uma agência do Bradesco em Brasília que fica próxima à Lanza Comunicação, empresa que prestou serviços à précampanha de Dilma Rousseff.
Amaury Ribeiro Jr. viajou a São Paulo, onde se deu a negociação, com passagens compradas pelo funcionário do jornal “Estado de Minas” Marcelo Augusto de Oliveira, que não foi ouvido pela PF. Ele trabalha para a diretoria e, entre outras tarefas, cuida das despesas de viagem de repórteres.
O GLOBO apurou que, chamado a depor, o funcionário do jornal mineiro confirmará que adquiriu as passagens para prestar um favor pessoal a Amaury, e não a pedido da empresa.
A informação é confirmada por fontes do jornal e por pessoas próximas a Amaury.
Na época, o jornalista estava em férias e, nos depoimentos anteriores, afirmou que trabalhava por conta própria. Amaury Ribeiro Jr. nega que tenha encomendado dados sigilosos, mas, sim, apenas informações da Junta Comercial.
O depoimento da ex-ministra Erenice Guerra é aguardado com apreensão pelos petistas na reta final da campanha.
No entanto, procurados ontem, os advogados de Erenice não atenderam para confirmar se a ex-ministra comparecerá e, comparecendo, se falará.
Acusado de cobrar propina para facilitar negócios de empresas privadas com o governo, tendo o aval da mãe, o filho dela, Israel Guerra, e outros envolvidos optaram por se manter em silêncio diante dos investigadores.
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