segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Reforma na Esplanada

O PP ainda não sofre com o passado, mas sabe que seu ministro — Mário Negromonte, das Cidades — está fora da Esplanada tão logo Dilma comece a promover a reforma ministerial. Responsável por coordenar o grupo eleitoral do partido, o secretário-geral da legenda, Ricardo Barros, acha que, apesar dos problemas recentes, a imagem do partido perante o eleitorado é melhor do que em anos anteriores. "Temos hoje nomes em ascensão, como o da senadora Ana Amélia (RS), que são bem avaliados", completa.

No PT, que ainda enfrentará uma questão extra — o Supremo Tribunal Federal pode julgar o escândalo do mensalão ainda este ano — a questão nem sequer foi abordada. "Rapaz, você levantou uma questão nova. O PT ainda não discutiu como vai abordar essa questão (a queda de Palocci) junto ao eleitorado", completou o vice-presidente do partido, José Guimarães (CE). O partido espera, contudo, que o debate econômico prevaleça, a exemplo do que ocorreu em 2006 e 2010 e que o partido não seja cobrado pelos escândalos em série.

A aposta dos partidos é que o eleitorado não faça a associação entre o dia a dia de sua cidade e o cenário nacional. Valdir Raupp acredita que as eleições nas cidades abordarão outros temas e que os escândalos no ministério de Dilma Rousseff terão pouco espaço no debate público. "Se fosse uma eleição presidencial, o eleitorado estaria mais atento a essas questões", torce o senador.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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