• Em nota divulgada um dia após aliado de Paes admitir violência, partido afirma que Pedro Paulo disputará pleito de 2016
Constança Rezende - O Estado de S. Paulo
RIO - Um dia após o secretário de Coordenação de Governo da prefeitura do Rio, Pedro Paulo, admitir que agrediu a sua ex-mulher, Alexandra Marcondes, o PMDB-RJ emitiu nota afirmando que ele continuará como candidato para as próximas eleições municipais na cidade.
O partido afirmou que “não cogita outro nome para a sucessão do prefeito Eduardo Paes (PMDB) que não seja o do secretário Pedro Paulo”. Segundo o comando regional da legenda, “as notícias (...) já foram esclarecidas e não são motivo de preocupação para o PMDB-RJ”. O partido também lembrou que Pedro Paulo tem apoio de ampla aliança para, segundo a direção partidária, dar continuidade “ao trabalho transformador” realizado pela legenda na capital.
Porém, reservadamente, peemedebistas não consideram o incidente como tão irrelevante. Deputados do PMDB do Rio estão preocupados que o escândalo atinja o desempenho eleitoral do hoje secretário em 2016. Uma das questões analisadas é que Pedro Paulo, deputado federal licenciado, recebeu pouco mais de 100 mil votos para entrar na Câmara Federal, um número considerado baixo. Por isso, segundo os bastidores do partido, um caso como a acusação de agressão contra Alexandra, sobretudo pela repercussão entre o eleitorado feminino, poderia reduzir as chances de o secretário vencer as eleições.
A briga entre Pedro Paulo e a sua ex-mulher aconteceu em fevereiro de 2010, quando Alexandra teria descoberto uma traição do secretário. Em depoimento à polícia, Alexandra contou que Pedro Paulo a agrediu com socos, chutes e quebrou um de seus dentes. Há um laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovando os ferimentos. Outro lado informa que ele sofreu arranhões e tinha marcas avermelhadas pelo corpo. Em coletiva oferecida à imprensa anteontem, o secretário alegou tratar-se de um “episódio isolado”.
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