Candidato do PSDB a presidente usa denúncias de corrupção em busca de votos de eleitores que rejeitam os governos do PT
Cristiane Jungblut | Globo
BRASÍLIA - A campanha do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, levou para a TV, no programa eleitoral de ontem à noite, as revelações da delação do ex-ministro Antonio Palocci, que envolve uma série de integrantes da cúpula do PT em crimes relacionados ao esquema de corrupção da Petrobras. O tucano manteve as críticas que tem feito ao presidenciável do PSL Jair Bolsonaro. Aseis dias da eleição, Alckmin lançou a campanha “Eles não!”, que citou pela primeira vez no debate de domingo, na TV Record.
O presidente nacional do DEM, ACM Neto, avaliou que o programa, ao abordar as confissões de Palocci, reforça o discurso antipetista da campanha de Alckmin.
— A delação de Palocci comprova tudo que se falava. Vamos mostrar que apenas o Geraldo tem condições de vencer o PT no segundo turno. Estamos firmes com Geraldo até o fim —disse ACM Neto.
Na propaganda, o locutor se refere à delação como um “escândalo” e diz comprovar que o ex-presidente Lula “sabia de tudo”. “Um país feliz de novo, só se for para os corruptos. Se o PT voltar, a corrupção vai continuar”, diz o narrador.
Em seguida, a vice na chapa, senadora Ana Amélia (PP-RS), reforça o discurso.
— Se você não quer o PT de volta, o voto certo é Geraldo Alckmin — diz ela, afirmando que somente o tucano terá apoio no Congresso e, por isso, terá condições de governabilidade.
No programa, são feitas críticas tanto ao PT como a Bolsonaro, afirmando que os dois lados votaram contra o Plano Real e que ambos querem uma nova Constituição.
Alckmin encerra a sua propaganda com o pedido de que o país não escolha “o caminho da intolerância” no próximo domingo.
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