“As presentes notas procuram mostrar que a referida “teoria revolucionária”, em gestação antes da referida Declaração de Março, tem força renovadora por ser o esboço de uma imagem da concretização da “revolução brasileira”, revolução entendida aqui na acepção dos clássicos (antigo, Caio Prado; os isebianos a partir de 1956; e Celso Furtado, poucos anos depois), verossímil à circunstância nacional. Essa imagem “brasileira” da revolução desenhada por Armênio Guedes, ao tempo que expressa áreas já então resistentes à velha orientação comunista, faz-se presente no pecebismo que irá ser posto em prática a partir de março de 1958.
Essa construção inovadora no modo de pensar dos revolucionários comunistas, tão antiga, termina por acrisolar entre nós componentes de uma outra cultura política de esquerda. É ela que dá o mais firme suporte à natureza não rupturista da atuação agrária dos comunistas orientados pelo agrarismo sindical “medidas parciais de reforma agrária” (direitos trabalhistas, à terra etc., cf. PCB, 1958), em particular, “políticas públicas” voltadas para a afirmação progressiva da “exploração familiar camponesa”, como, depois, diria Ivan Ribeiro (RIBEIRO, 1977; 1988; e SANTOS, 2007). “
SANTOS, Raimundo. cf. Teoria e prática no nosso marxismo político (Antecedentes do campo da “revolução passiva”), in Interpretações, Estudos Rurais e Política - Roberto J. Moreira e Regina Bruno. Orgs., editoras Mauad e Universidade Rural do Rio de Janeiro, dezembro de 2010.
Essa construção inovadora no modo de pensar dos revolucionários comunistas, tão antiga, termina por acrisolar entre nós componentes de uma outra cultura política de esquerda. É ela que dá o mais firme suporte à natureza não rupturista da atuação agrária dos comunistas orientados pelo agrarismo sindical “medidas parciais de reforma agrária” (direitos trabalhistas, à terra etc., cf. PCB, 1958), em particular, “políticas públicas” voltadas para a afirmação progressiva da “exploração familiar camponesa”, como, depois, diria Ivan Ribeiro (RIBEIRO, 1977; 1988; e SANTOS, 2007). “
SANTOS, Raimundo. cf. Teoria e prática no nosso marxismo político (Antecedentes do campo da “revolução passiva”), in Interpretações, Estudos Rurais e Política - Roberto J. Moreira e Regina Bruno. Orgs., editoras Mauad e Universidade Rural do Rio de Janeiro, dezembro de 2010.
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