BRASÍLIA – O PSDB reúne a Executiva Nacional amanhã para adotar a mesma estratégia usada pelo PT nos últimos anos: todas as alianças estaduais terão de ser referendadas pela direção nacional tucana. Assim como os petistas farão com Dilma Rousseff, todos os esforços serão concentrados para tornar Aécio Neves presidente da República em outubro.
De acordo com o líder do partido na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), não se trata de repetição do mesmo centralismo democrático adotado pelo petistas. Mas da conjunção de esforços para que não se repitam episódios de campanhas anteriores, quando a pulverização das forças estaduais enfraqueceu a candidatura nacional.
Também está praticamente vetada a aliança com o PT para os governos locais. Em disputas anteriores — no Acre, por exemplo, a aliança com os tucanos é histórica — deverá ter um desfecho diferente este ano. Márcio Bittar será o candidato ao governo estadual e enfrentará o petista Tião Viana, que tenta a reeleição.
Outra pressão ocorrerá em Mato Grosso do Sul, na aliança desenhada pelo senador Delcídio Amaral (PT) com o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB). "Não tome isso como fechado, tudo ainda será analisado", confidenciou Imbassahy à reportagem.
Proximidade. Já em Pernambuco, a aliança será com o candidato indicado pelo governador, Eduardo Campos (PSB). Apesar do crescimento na influência de Daniel Coelho no quadro partidário e de muitos correligionários defenderem que ele deveria ser candidato ao governo, a tendência é que o PSDB indique um nome para o Senado. "Temos um jovem político líder, o Daniel Coelho, que muitos companheiros gostariam de ver candidato ao governo. Mas estamos vendo uma situação de aproximação muito bem construída com esse desejo de várias pessoas de indicarmos um nome para o Senado. Temos dois nomes notáveis: o ex-presidente do PSDB senador Sério Guerra e o deputado federal Bruno Araújo", afirmou Imbassahy. (PTL)
Fonte: Estado de Minas
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