Murillo Camarotto - Valor Econômico
RECIFE e SÃO PAULO - Os dois principais opositores da presidente Dilma Rousseff na disputa presidencial deste ano, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), evitaram ontem associar a derrota da seleção brasileira na Copa do Mundo às eleições. Nas redes sociais, Aécio afirmou que o resultado do jogo, de 7 x 1 para a Alemanha, é "difícil de entender", mas ponderou que "não apaga o brilho" do futebol brasileiro. Já Campos disse que em 2018 a seleção voltará "mais forte".
Em texto divulgado no Facebook, Aécio afirmou que "como torcedor e brasileiro" compartilha a frustração que o povo está sentindo. "Uma derrota sofrida, difícil de entender, mas que não apaga o brilho do futebol brasileiro e muito menos do nosso povo. Apesar do resultado, envio o meu abraço aos nossos jogadores, à comissão técnica e a todos que lutaram para colocar o Brasil no lugar mais alto do pódio. Dessa vez não deu, mas vamos em frente! Outras vitórias virão!", escreveu o candidato tucano. Aécio assistiu ao jogo em Belo Horizonte, mas sua assessoria de imprensa não confirmou se o tucano foi ao estádio.
Em sua página em uma rede social, Campos lamentou a derrota da seleção brasileira e a publicação do governador provocou uma série de críticas à presidente Dilma Rousseff.
"Lamento, como todos os brasileiros, o resultado do Brasil e Alemanha hoje. O povo brasileiro fez uma festa linda durante toda a Copa, mas o sonho do hexa foi, por hora, adiado", afirmou Campos na internet. "Tenho certeza que voltaremos mais fortes em 2018", disse. O candidato do PSB e ex-governador de Pernambuco assistiu ao jogo em sua casa no Recife.
A publicação gerou rapidamente uma série de reações críticas ao governo federal. Muitos dos seguidores de Campos culparam Dilma pela derrota ou manifestaram que suas principais preocupações são os rumos do país. "Sinto mais pela saúde, a educação e a segurança do povo brasileiro, que vem perdendo há anos", disse um dos seguidores da página de Campos.
Antes da Copa, o ex-governador de Pernambuco foi questionado se o desempenho da seleção brasileira dentro do campo poderia influenciar a corrida presidencial deste ano. O pessebista sempre foi categórico em negar essa possibilidade.
Poucos minutos após o fim da partida, foram registradas depredações a pontos de ônibus na zona norte capital pernambucana.
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