Nesta semana, Supremo deve julgar Adin que pode antecipar o fim das coligações para as eleições gerais do ano que vem
Igor Gadelha e Thiago Faria | O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta segunda-feira, 2, ser favorável ao fim das coligações nas eleições proporcionais já a partir do pleito de 2018, e não a partir de 2020, como senadores e deputados aprovaram. Ele afirmou que não vai se opor à eventual decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de antecipar o fim das coligações para o pleito próximo ano.
"Eu, sinceramente, sou favorável que se extinga as coligações já em 2018. Portanto, há uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no Supremo. O Congresso votando para ser feito em 2020, e o Supremo alterar para 2018, sinceramente, não vou ficar triste com isso, não", afirmou o peemedebista, em entrevista após reunião sobre reforma política na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Eunício se referia a Adin que o Supremo pode votar nesta semana, antecipando o fim das coligações para as eleições gerais de 2018. Hoje, pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada pela Câmara e pelo Senado (e que ainda precisa passar por uma última análise dos senadores), as coligações só estarão proibidas a partir da eleição municipais de 2020.
Caso o Supremo julgue a Adin, lideranças de partidos médios e pequenos, considerados os mais prejudicados pelo fim das coligações, prometem reagir. "Seria uma afronta ao Poder Legislativo! Já estamos numa crise institucional única, e não acho que acirrariam ainda mais só por causa de coligações", afirmou ao Estado/Broadcast Político a deputada Renata Abreu (SP), presidente nacional do Podemos.
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