quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Bernardo Mello Franco - A vitória de Fufuca

O Globo

Depois de fabricar crises em série, presidente da Câmara conseguiu o que queria

Depois de fabricar crises em série, Arthur Lira conseguiu o que queria. Vai emplacar um afilhado no primeiro escalão do governo. O escolhido é André Fufuca, líder do PP na Câmara.

Quando entrou na política, o deputado de bochechas rosadas ainda era estudante de medicina. Em Brasília, conheceu Eduardo Cunha e aprendeu a fazer outro tipo de operação.

A proximidade entre os dois entrou para o folclore do Congresso. Em sessão do Conselho de Ética, o ex-deputado Júlio Delgado confidenciou que Fufuca chamava Cunha de “papi”. O futuro ministro subiu nas tamancas. Disse que o termo era considerado “afeminado” em seu estado natal.

No Maranhão, Fufuca é mais conhecido como Fufuquinha. O apelido original pertence ao pai, prefeito de Alto Alegre do Pindaré. O clã sempre esteve ao lado do poder local. No passado, batia continência para a família Sarney. Hoje cerra fileiras com o ministro Flávio Dino.

Fufuca é jovem, mas segue a velha cartilha do Centrão. Há menos de dois anos, bajulava Jair Bolsonaro. Agora virou lulista desde criancinha. Sua nomeação é uma vitória do fisiologismo, que reduz a política à lógica do toma lá dá cá.

O deputado vive uma situação curiosa: já é tratado como ministro, mas ainda não sabe a pasta que vai comandar. A negociação passa longe do debate programático. O Planalto quer votos na Câmara, e o deputado procura uma caneta com tinta para distribuir cargos e emendas.

A barganha com o PP também envolve a entrega da Caixa Econômica Federal. O banco ainda se recuperava do governo Bolsonaro, quando teve um presidente acusado de assediar e constranger servidoras. Mais tarde, foi usado para turbinar a campanha à reeleição.

Em janeiro, Lula disse que a Caixa se tornaria “um banco muito mais forte” e confiou seu comando a uma funcionária de carreira. Passados sete meses, deve rifá-la para acomodar uma aliada de Lira.

A cobiça de políticos pela Caixa não é nova. Em 2011, Dilma Rousseff foi convencida a lotear suas vice-presidências entre figurões do MDB. Entre eles, o notório Geddel Vieira Lima, indicado por Michel Temer. Tempos depois, a Polícia Federal descobriu que Geddel escondia R$ 51 milhões num apartamento na Bahia. Segundo as investigações, o dinheiro havia sido desviado dos cofres do banco.

 

2 comentários:

EdsonLuiz disse...

O populista Lula, nesse Toma-lá-dá-cá, nesse fisiologismo e demagogia, sempre transforma o Brasil em um bordel político.

Bolsonaro entrou no jogo com uma conversa-fiada de "Nova Política", mas logo mostrou que tudo continuaria a ser a mesma putaria de Lula com o PP, PL, MDB, Republicanos...

Lula e Bolsonaro são indecentes! E transam sempre com os mesmos parceiros.

O Brasil de Lula, Fufuca, Arthur Lira, Valdemar Costa, PP, PL, PT, PMDB é de uma indescência cabeluda!

E dá no quê?
▪As políticas econômicas iniciadas em 2006, 2007, deram na MAIOR recessão econômica de nossa história ;
▪As relações de Lula e do PT com PP, MDB, PL, Renan Calheiros, Valdemar Costa deu em MENSALÃO, PETROLÃO, Sítios, TRÍPLEX e coisas assim ;
▪A EDUCAÇÃO, desde as séries iniciais até o fim, perdem até para republiquetas muito menores que o Brasil nas avaliações internacionais;
▪Na SEGURANÇA, a policia da Bahia mata há anos mais pretos que todos is brancos e pretos mortos nos Estados Unidos(pode?);
▪Na SAÚDE, os crimes de responsabilidade praticados pelo Governo Dilma levaram ao agravamento da crise econômica a um ponto que, só da saúde, R$15Bilhões tiveram que ser cortados.

(observe-se:: os crimes foram DO GOVERNO Dilma, não foram crime de Dilma. Dilma foi condenada por crimes de responsabilidade de seu governo e não por crimes cometidos POR ela, portanto, de ser criminosa pessoalmente ela tem que ser excluída. Ser incompetente, como Dilma é, é uma lastima e configura crime de responsabilidade, mas não faz da pessoa uma criminosa no sentido clássico).

O Brasil de Lula é um bacanal!
▪Os péssimos resultados que estão afundando o Brasil, com Lula e PT à frente, não surpreendem.

Mas é uma pena que o Brasil esteja sendo enterrado, um Brasil que, de 1993 até 2006, esteve sendo consertado do desastre que a ditadura de 1964 produziu.

E o Brasil está sendo enterrado todo sujo, que nem limpar o cadáver antes de enterrar este povo tenta limpar.

ADEMAR AMANCIO disse...

Geddel e seus milhões.