sábado, 19 de janeiro de 2013

Dilma visita Nordeste em ritmo de campanha

No Piauí, presidente assinou ordem de serviços de barragens, tirou fotos com admiradores e prometeu crescimento com responsabilidade

Dilma parte para a ofensiva

RUMO A 2014 - Em evento no Piauí, presidente veste gibão e chapéu de couro, beija crianças e posa para fotos, em cenas típicas de campanha

SÃO JULIÃO (PI) - Em viagem marcada por "apagão", críticas à lentidão das obras do governo e promessa de erradicação da miséria no País, a presidente Dilma Rousseff esbanjou simpatia, vestiu gibão e chapéu de couro que ganhou do governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), cumprimentou, beijou e posou para fotos com populares na sua visita ao município de São Julião, a 386 quilômetros de Teresina, ontem. A ofensiva com cenas típicas de campanha ocorrem um dia depois de o ex-presidente Lula comandar uma reunião com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e vários membros da sua equipe. Setores do PT gostariam que o ex-presidente fosse candidato em 2014, já que Dilma mantém uma relação mais distante com o partido. "Quando as coisas melhoram, as pessoas ficam mais alegres e saudáveis", afirmou a presidente, ao iniciar o discurso.Primeira presidente a visitar o município, ela chegou a São Julião após a primeira chuva que caiu na região em dois anos. O chão na Estação de Tratamento de Águas do sistema adutor de Piaus, que começa a funcionar em abril - onde foram assinadas ordens de serviço para novas ações hídricas - estava enlameado.

Ela foi paparicada e aclamada. "Nós amamos a presidente Dilma", disse o governador, no seu discurso, quando lembrou que há 35 anos a região - não o município - recebeu o presidente em exercício, Aureliano Chaves. O prefeito de São Julião, José Neci (PT), referiu-se a um segundo mandato da presidente por duas vezes na sua fala.

Sem entrar em detalhes, Dilma anunciou, ao discursar, a ampliação do Bolsa Estiagem e do Garantia Safra e destacou a educação como prioridade a ser perseguida. "Temos que garantir a base", observou, ao citar a meta de alfabetização na idade certa.

Ao fazer um rápido balanço das mudanças no País e das ações adotadas para enfrentar a estiagem mais rigorosa dos últimos 40 anos, ela frisou que o Brasil "tem várias riquezas, a exemplo do petróleo, que produz dinheiro, e que este dinheiro tem de ir para aquilo que irá garantir o horizonte de 2010 a 2030", com a melhoria da qualidade educacional.

"2013 vai ser o ano em que vamos colher muitas coisas que plantamos e vamos plantar ainda mais do que iremos colher", disse. "Asseguro que 2013 será o ano em que vamos ter crescimento sério, sustentável e sistemático." Isto significa, segundo ela, um crescimento não somente da economia e das obras, do concreto armado. "Queremos que os brasileiros tenham emprego, cresçam. Quero que a educação de qualidade cresça neste País".

A presidente também prometeu transformar o Piauí em uma das regiões mais desenvolvidas do País. Afirmou que o Maranhão, o Piauí e o Tocantins (Mapito) representam a nova fronteira de crescimento, assim como o Centro-Oeste há alguns anos.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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