DEU NO BLOG PITACOS
Na campanha de Fernando Gabeira nem tudo foi céu de brigadeiro.
Não estamos falando do apoio da máquina estadual a Eduardo Paes. Nem do apoio, nem sempre republicano que o governador Sérgio Cabral deu ao seu candidato. Nem de toda sorte de ilegalidades perpetradas por apoiadores de Eduardo Paes, com ou sem supostos conhecimento e patrocínio dele.
Pelos resultados obtidos nos dois turnos, a campanha de Gabeira superou as melhores perspectivas, sobretudo por suas impressionantes possibilidades de vitória.
Eleitoralmente, ele quase chegou lá e politicamente foi vitorioso. Com o resultado obtido nas urnas, Gabeira pode jogar um papel importante no tabuleiro político do Rio de Janeiro em 2010.
César Maia sabe disso e deixa patente que gostaria muito de ter Gabeira como candidato a senador em uma coligação cuja cabeça de chapa seja o atual Prefeito do Rio.
Esta é apenas uma das hipóteses e não se exclui a possibilidade de o próprio Gabeira ser o nome de uma coligação que dispute, de forma competitiva, o governo do Rio.
Mas isto não acontecerá pelo fatalismo e dependerá do quanto Fernando Gabeira superará, em dois anos, os impasses e limites manifestados na disputa da prefeitura carioca.
A candidatura de Gabeira constituiu-se num fenômeno pessoal, que não é ímpar no Rio de Janeiro.
A cidade tem uma sólida classe média, parte expressiva politizada, e movimentos populares organizados (para o bem e para o mal). Ciclicamente acontecem fenômenos como a candidatura Gabeira.
Em certo sentido, ela guardou semelhança com o fenômeno “Brizola na Cabeça”, que elegeu o caudilho gaúcho governador do Rio, em 1982, para surpresa de muitos.
Em uma escala menor, Denise Frossard foi uma espécie de fenômeno individual, na eleição de 2006.
Aliás, o candidato não é neófito na cidade. Nas últimas eleições gerais, foi o candidato mais votado para deputado federal, com inserção importante na vasta classe média da cidade.
O fato de ser um fenômeno não é negativo. Para que se perenize, é preciso continuidade e organização de suas bases.
E isto não se dá por decreto. Brizola, por exemplo, se transformou em uma referência no Rio e líder de uma corrente que só entrou em declínio mais para frente. Já o fenômeno Denise Frossard teve fôlego curto.
Os partidos da coligação, PV, PSDB e PPS, são pouco inseridos na cidade. Nesse sentido, Gabeira extrapolou as forças políticas que o apoiavam. Atraiu amplos setores que estavam à margem da política. A arregimentação de 8.000 voluntários é digna de nota. Acontecimentos como, mais recentemente, esse eram típicos do PT, nos anos 80 e começo dos 90.
Esse dado é alentador quanto à possibilidade de que Gabeira não seja apenas um meteoro na política do Rio. Mas ocorreram em sua campanha, importantes aspectos negativos.
O discurso do candidato negou os partidos e o colocou acima deles. Personalizou sua candidatura.
Gabeira desdenhou o marketing, as contribuições financeiras e a formação de grupos de assessoramento na campanha.
Quase a totalidade das atividades e decisões concentrou-se no candidato, todo-poderoso.
A marca da campanha foi ser “alternativa”.
Pelos resultados, Gabeira tornou-se uma personalidade importante na política fluminense, nas eleições gerais de 2010 e subseqüentes.
A campanha de Gabeira trouxe-lhe um salto político de grandes dimensões para ele e condições para que as forças e personalidades que o apoiaram avancem na construção de um movimento institucional de centro-esquerda.
O grande desafio é que a candidatura de Gabeira realmente evolua de um fenômeno sazonal para uma aliança política que acumule para transformar o Rio de Janeiro.
Na campanha de Fernando Gabeira nem tudo foi céu de brigadeiro.
Não estamos falando do apoio da máquina estadual a Eduardo Paes. Nem do apoio, nem sempre republicano que o governador Sérgio Cabral deu ao seu candidato. Nem de toda sorte de ilegalidades perpetradas por apoiadores de Eduardo Paes, com ou sem supostos conhecimento e patrocínio dele.
Pelos resultados obtidos nos dois turnos, a campanha de Gabeira superou as melhores perspectivas, sobretudo por suas impressionantes possibilidades de vitória.
Eleitoralmente, ele quase chegou lá e politicamente foi vitorioso. Com o resultado obtido nas urnas, Gabeira pode jogar um papel importante no tabuleiro político do Rio de Janeiro em 2010.
César Maia sabe disso e deixa patente que gostaria muito de ter Gabeira como candidato a senador em uma coligação cuja cabeça de chapa seja o atual Prefeito do Rio.
Esta é apenas uma das hipóteses e não se exclui a possibilidade de o próprio Gabeira ser o nome de uma coligação que dispute, de forma competitiva, o governo do Rio.
Mas isto não acontecerá pelo fatalismo e dependerá do quanto Fernando Gabeira superará, em dois anos, os impasses e limites manifestados na disputa da prefeitura carioca.
A candidatura de Gabeira constituiu-se num fenômeno pessoal, que não é ímpar no Rio de Janeiro.
A cidade tem uma sólida classe média, parte expressiva politizada, e movimentos populares organizados (para o bem e para o mal). Ciclicamente acontecem fenômenos como a candidatura Gabeira.
Em certo sentido, ela guardou semelhança com o fenômeno “Brizola na Cabeça”, que elegeu o caudilho gaúcho governador do Rio, em 1982, para surpresa de muitos.
Em uma escala menor, Denise Frossard foi uma espécie de fenômeno individual, na eleição de 2006.
Aliás, o candidato não é neófito na cidade. Nas últimas eleições gerais, foi o candidato mais votado para deputado federal, com inserção importante na vasta classe média da cidade.
O fato de ser um fenômeno não é negativo. Para que se perenize, é preciso continuidade e organização de suas bases.
E isto não se dá por decreto. Brizola, por exemplo, se transformou em uma referência no Rio e líder de uma corrente que só entrou em declínio mais para frente. Já o fenômeno Denise Frossard teve fôlego curto.
Os partidos da coligação, PV, PSDB e PPS, são pouco inseridos na cidade. Nesse sentido, Gabeira extrapolou as forças políticas que o apoiavam. Atraiu amplos setores que estavam à margem da política. A arregimentação de 8.000 voluntários é digna de nota. Acontecimentos como, mais recentemente, esse eram típicos do PT, nos anos 80 e começo dos 90.
Esse dado é alentador quanto à possibilidade de que Gabeira não seja apenas um meteoro na política do Rio. Mas ocorreram em sua campanha, importantes aspectos negativos.
O discurso do candidato negou os partidos e o colocou acima deles. Personalizou sua candidatura.
Gabeira desdenhou o marketing, as contribuições financeiras e a formação de grupos de assessoramento na campanha.
Quase a totalidade das atividades e decisões concentrou-se no candidato, todo-poderoso.
A marca da campanha foi ser “alternativa”.
Pelos resultados, Gabeira tornou-se uma personalidade importante na política fluminense, nas eleições gerais de 2010 e subseqüentes.
A campanha de Gabeira trouxe-lhe um salto político de grandes dimensões para ele e condições para que as forças e personalidades que o apoiaram avancem na construção de um movimento institucional de centro-esquerda.
O grande desafio é que a candidatura de Gabeira realmente evolua de um fenômeno sazonal para uma aliança política que acumule para transformar o Rio de Janeiro.