Estudo soa alarme para devastação da Amazônia
O Globo
Metade da floresta pode atingir ponto
irreversível de destruição até 2050 — mas ainda há tempo de evitar o pior
Um novo estudo de um grupo internacional de 24 cientistas traça cenários dramáticos sobre o futuro da Amazônia. Na pior hipótese, o desmatamento e o aquecimento global levarão quase metade da floresta a um ponto de devastação irreversível — ou “ponto de não retorno”, na tradução do inglês — até 2050. Liderada pelos pesquisadores Marina Hirota e Bernardo Flores, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a pesquisa, publicada na revista Nature, descarta a possibilidade de colapso total da floresta, pelo menos neste século. Mas faz soar o alarme: 47% da floresta poderá ficar exposta a distúrbios climáticos. Será o fim da Amazônia como conhecemos, com impacto no regime de chuvas, no clima do continente, além de efeitos incontornáveis no agronegócio e noutros setores da economia.