O Estado de S. Paulo.
Programas são importantes porque as ideias sobrevivem como um farol a distância, no meio de uma batalha naval
Começou pela economia, ainda que de forma
tímida, um debate sobre o programa de governo para o Brasil. É apenas um
momento iluminado, uma vez que as campanhas tendem a adotar um idioma
emocional, no qual prevalece um jogo de torcidas.
Alguns analistas acham o programa algo
muito secundário, uma vez que pouquíssimas pessoas se decidem confrontando,
sistematicamente, ideias dos candidatos. Outros vão mais longe: de que adiantam
programas, se os vencedores os esquecem e, às vezes, nem são cobrados por eles?
No entanto, antes que os ânimos se exaltem,
é importante discutir os rumos do País. Nem que seja para nos situarmos ou
mesmo para deixar em banho-maria algumas saídas que podem ser úteis, em caso de
crise futura.
Começar pela economia é mais do que evidente. As ruas mostram gente sofrida e faminta, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que não estamos bem diante de outros países, nosso crescimento é ridículo. Retomar a economia, reduzir o desemprego, combater a fome parecem ser ideias fortes nesta eleição de 2022. Elas dependem para seu êxito de outras variáveis.