Folha de S. Paulo
Negociação de verba se encaixa em
plataforma ideológica do governo Bolsonaro no MEC
Jair Bolsonaro distorceu as funções
do Ministério
da Educação quando submeteu o ensino do país à cartilha de grupos
religiosos. Com um pastor no comando do órgão, o governo quis decidir o que
pode ser dito na escola e cobrado em provas oficiais. Por trás dessa fachada
conservadora, havia outros interesses em jogo.
Há mais de um ano, líderes evangélicos controlam uma cota milionária de verbas no ministério, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo. Os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura não ocupam cargos oficiais, mas definem a agenda de autoridades da pasta e negociam a liberação de dinheiro para municípios.