O Globo
A guerra da Ucrânia será “longa”, segundo o
presidente da França, Emmanuel Macron, e o Brasil terá que tomar uma posição
firme na medida que os países democráticos ocidentais vão assumindo cada vez
mais a defesa da Ucrânia, enviando até mesmo armamentos.
Ao mesmo tempo em que assinou a declaração do Conselho de Segurança da ONU
contrária à invasão russa, o Brasil se recusou a apoiar uma moção da OEA no
mesmo sentido, seguindo países como Nicarágua e Cuba. A alegação técnica é que
a Ucrânia não está nas Américas, o que é verdade, mas o apoio simbólico ao país
invadido seria um gesto que refletiria a posição brasileira com mais
firmeza, deixando de lado a sensação de equilibrismo numa situação que não
admite rodeios.
Putin já afirmou que o fim da União Soviética foi a "desintegração
da Rússia histórica". A escalada de Putin, na tentativa de conquistar toda
a Ucrânia, reflete seu pensamento geopolítico. Ele já declarara anteriormente
que o fim da União Soviética foi "o maior desastre geopolítico do século
20". Segundo ele, 25 milhões de russos nos novos países
independentes “de repente se sentiram desconectados da Rússia, uma grande
tragédia humanitária".