Vittorio Medioli
DEM EM O TEMPO (MG)
Na lista de partidos e de políticosbeneficiados pelas verbas da construtora Camargo Corrêa, aparecem apenas partidos de oposição. Interessante. Apesar do maior volume de obras da empreiteira paulista se dar com o governo federal e as estatais.
Quem lê a matéria sai intrigado ao ver o PPS do pernambucano Roberto Freire, acérrimo desafeto de Lula, citado como um dos supostos destinatários de vultuosas verbas desviadas das obras da refinaria em construção em Pernambuco.
É preciso entender o que tem a ver o PPS daquele Estado com os investimentos da Petrobras e do governo da Venezuela (nesse caso, vítima de ladroagem), controlados pelo PT e submissos à mão de ferro da ministra Dilma Rousseff.
Na carteira de obras tocadas pela Camargo tem de tudo. Obras estaduais realizadas em São Paulo, em Minas e, principalmente, obras bilionárias federais. Contudo, o PT não é citado nas documentações repassadas à imprensa.
Não precisa ser Einstein para entender a relação das informações selecionadas para uso da imprensa com o impacto político que pretendem. Se a operação Castelo de Areia da PF é louvável pelo cerco às fraudes em obras públicas, consegue nas mãos do juiz De Sanctis resvalar nas azáfamas políticas como aconteceu na operação Satiagraha. A ação policial consegue ser ofuscada, assim, pela pessoalidade e subjetividades da apuração. Na operação Satiagraha não se sabe a que título o juiz permitiu que se bisbilhotassem senadores, políticos e até o presidente do STF. Já na operação Castelo de Areia, inverteu-se a ordem natural do fluxo de propinas. E se fosse verdade o envolvimento do PPS de Pernambuco, a Camargo Corrêa teria deixado de pagar propinas a quem possibilitou a pilhagem de R$ 70 milhões (PT), para abastecer o PPS que sequer indicou um cargo de porteiro na Petrobras?
Parece que mais uma vez, para promover uma jogada de marketing, corre-se o risco de perder uma boa oportunidade para desbaratar quadrilhas nocivas ao Estado. Ninguém, enfim, estranharia se o juiz desse caso se candidatasse a deputado nas eleições de 2010, levantando a bandeira de justiceiro que na prática só conseguiu livrar culpados como Daniel Dantas.
DEM EM O TEMPO (MG)
Na lista de partidos e de políticosbeneficiados pelas verbas da construtora Camargo Corrêa, aparecem apenas partidos de oposição. Interessante. Apesar do maior volume de obras da empreiteira paulista se dar com o governo federal e as estatais.
Quem lê a matéria sai intrigado ao ver o PPS do pernambucano Roberto Freire, acérrimo desafeto de Lula, citado como um dos supostos destinatários de vultuosas verbas desviadas das obras da refinaria em construção em Pernambuco.
É preciso entender o que tem a ver o PPS daquele Estado com os investimentos da Petrobras e do governo da Venezuela (nesse caso, vítima de ladroagem), controlados pelo PT e submissos à mão de ferro da ministra Dilma Rousseff.
Na carteira de obras tocadas pela Camargo tem de tudo. Obras estaduais realizadas em São Paulo, em Minas e, principalmente, obras bilionárias federais. Contudo, o PT não é citado nas documentações repassadas à imprensa.
Não precisa ser Einstein para entender a relação das informações selecionadas para uso da imprensa com o impacto político que pretendem. Se a operação Castelo de Areia da PF é louvável pelo cerco às fraudes em obras públicas, consegue nas mãos do juiz De Sanctis resvalar nas azáfamas políticas como aconteceu na operação Satiagraha. A ação policial consegue ser ofuscada, assim, pela pessoalidade e subjetividades da apuração. Na operação Satiagraha não se sabe a que título o juiz permitiu que se bisbilhotassem senadores, políticos e até o presidente do STF. Já na operação Castelo de Areia, inverteu-se a ordem natural do fluxo de propinas. E se fosse verdade o envolvimento do PPS de Pernambuco, a Camargo Corrêa teria deixado de pagar propinas a quem possibilitou a pilhagem de R$ 70 milhões (PT), para abastecer o PPS que sequer indicou um cargo de porteiro na Petrobras?
Parece que mais uma vez, para promover uma jogada de marketing, corre-se o risco de perder uma boa oportunidade para desbaratar quadrilhas nocivas ao Estado. Ninguém, enfim, estranharia se o juiz desse caso se candidatasse a deputado nas eleições de 2010, levantando a bandeira de justiceiro que na prática só conseguiu livrar culpados como Daniel Dantas.