terça-feira, 2 de janeiro de 2024

O que a mídia pensa: Editoriais / Opiniões

Desmatamento no Cerrado impõe dever aos estados

O Globo

Engajamento de governadores é crucial para sociedade saber o que é legal e ilegal — e deter a devastação

A área desmatada no Cerrado aumentou 3% de agosto de 2022 a julho de 2023, segundo dados do Inpe. Em anos anteriores, o aumento foi maior (25% em 2022 e 2020, 8% em 2021). Seria um erro, porém, se estender em comemorações. Os 11 mil km2 desmatados foram a maior extensão para o período desde 2015. A situação lembra a vítima de enchente que celebra que a chuva amainou com água até a cintura. De 2003 a 2022, uma área equivalente ao estado de São Paulo virou pasto ou lavoura.

A perda da vegetação nativa é o resultado previsível da expansão da atividade econômica. Hoje o Cerrado responde pela maior fatia da agropecuária brasileira (54% da produção agrícola e 44% do rebanho bovino). Com tecnologia e empreendedorismo, tornou-se referência mundial de produtividade e um dínamo para a economia. O debate, portanto, não deve opor a produção a qualquer preço à conservação ambiental. O desafio é a coexistência. A cada ano fica mais óbvio que o ritmo atual de desmatamento, legal ou ilegal, é insustentável. A estação seca e as temperaturas aumentam, e a água escasseia.

Merval Pereira - Lá como cá

O Globo

O que está em jogo é a sobrevivência do sistema de governo vigente na Argentina e no Brasil

Muito mais dramaticamente na Argentina do que entre nós, dois governos eleitos democraticamente enfrentam seus Congressos como marca da decadência do presidencialismo que, nos dois países, tem sofrido os percalços do populismo, seja de direita, seja de esquerda.

Não é preciso entrar no mérito das disputas para entender: o que está em jogo é a sobrevivência do sistema de governo vigente na Argentina e no Brasil. O extremista de direita Javier Milei foi eleito por uma maioria popular que, pelas pesquisas de opinião, já perdeu, num paradoxo perfeito da tragédia que los hermanos vivem.

Os mesmos que o colocaram no poder acatando promessas alucinadas de passar a motoserra em tudo o que estivesse pela frente hoje se assustam com a potência de seu corte. Lula — populista dito de esquerda, eleito por pequena maioria para livrar o país de um extremista de direita que ameaçou transformar nossa frágil democracia em retrógrada ditadura revolucionária — enfrenta uma máquina política ainda controlada pela direita e não consegue ampliar o apoio que recebeu nas urnas.

Míriam Leitão - O ano econômico terá boas novas

O Globo

Mesmo com um bom cenário de indicadores, não será um ano fácil. O Ministério da Fazenda terá várias batalhas pela frente

Este ano vai ser diferente daquele que passou. O crescimento não será concentrado em um único setor, nem apenas em um período do ano. A agropecuária, que sustentou o PIB de 2023, deve entrar na conta do produto com o sinal negativo. O primeiro trimestre, que foi o mais forte no ano, pode ser mais fraco agora. O ano terá um crescimento mais espalhado pelos trimestres. A queda dos juros vai ocorrer ao longo de várias reuniões e isso deve ajudar a atividade. A economia também será favorecida pela melhora da renda, pelo aumento real do salário mínimo e pela própria atividade. Apesar de serem menores do que no ano passado, a safra e o saldo comercial serão importantes para manter o ritmo econômico.

Pela natureza da estatística de crescimento, o PIB é sempre a comparação de um período contra o outro. A agricultura apesar de poder registrar queda, colherá a segunda melhor safra da história. O saldo comercial que deu um pulo de US$ 62 bilhões para perto de US$ 100 bilhões no ano passado será menor este ano, mesmo assim será o segundo maior da história. É o que prevê a MB Associados que tem uma projeção de US$ 87 bilhões.

Carlos Andreazza - Uma mensagem de otimismo

O Globo

O Congresso aprovou R$ 53 bilhões para emendas parlamentares no Orçamento de 2024 — valor próximo ao que a Fazenda, não prevalecentes os puxadinhos, terá de bloquear no próximo ano, jornada em que o presunto do natimorto arcabouço fiscal será exposto, o compromisso com a meta zero tendo cumprido o papel de fantasiar uma regra que alivia o controle de despesas, garante aumento de gastos e pretende sobreviver via arrecadação exclusivamente.

A conta não fecha; daí Haddad a despejar, mal saído o Papai Noel, Medida Provisória por meio da qual promoverá justiça tributária limitando a compensação a quem pagara mais em decorrência de cobrança ilegal. A empresa tungada, na hora de usar créditos tributários para abater impostos, a receber uma espécie de tunga da tungada. Faz lembrar Guedes e o teto pedalador dos precatórios, contra o que — calote — a grita fora imensa. Como a democracia voltou, ora se faz justiça.

Joel Pinheiro da Fonseca - Polarização e instituições

Folha de S. Paulo

Populismo de direita faz da crítica às instituições parte central de seu discurso

"Biografia do Abismo", de Felipe Nunes e Thomas Traumann, nos dá uma boa ideia do clima político que o Brasil entra em 2024, se é que a mera convivência com seus estimados concidadãos já não mostrou isso. Um país não apenas dividido como calcificado em suas diferenças políticas e tomado pela polarização afetiva: o eleitor ama quem está do seu lado e, cada vez mais, odeia quem está do lado contrário.

Como os próprios autores indicam, não devemos sair dessa polarização tão cedo. Eu também acho que ela veio para ficar. E dado que a polarização está aí, lanço outra preocupação: como fortalecer as instituições que, por não estarem engajadas na luta política, desempenham um papel central na manutenção da democracia liberal? Imprensa, universidades, institutos, Ministério Público, Justiça, partidos, Forças Armadas. Quanto mais odiamos uns aos outros, mais importante é ter um chão mínimo de fatos comuns que limite as posições de ambos os lados. Vacinas funcionam ou não? Existe déficit público? Que candidato recebeu mais votos? A sociedade precisa ter amplo consenso nisso; e só o terá se a resposta vier de instituições vistas como objetivas e não politizadas.

Hélio Schwartsman - Cegueiras seletivas

Folha de S. Paulo

Israelenses e palestinos têm razões de sobra para queixar-se do comportamento do outro lado

Vão se acumulando razões para que Israel conclua ou pelo menos reduza as operações militares em Gaza. A mais premente é a economia. Travar uma guerra como essa é estupidamente caro para Israel. A segunda razão é a pressão internacional, em especial a dos EUA, para suspender a carnificina. E até os membros mais extremistas do governo de Netanyahu sabem que o país precisa do apoio dos EUA.

As razões humanitárias para interromper os ataques, que, num mundo justo, dispensariam todas as outras, entram apenas em terceiro lugar ou mais abaixo. E isso nos leva a um paradoxo. A maioria dos israelenses e a dos palestinos são, por definição, pessoas normais, que valorizam a vida humana e repelem o que veem como injustiças. Como então, explicar, o apoio maciço de israelenses às operações militares e os ostensivos aplausos de palestinos (e de boa parte da opinião pública mundial) aos ataques terroristas de 7 de outubro?

Dora Kramer - Só o seguro morre de velho

Folha de S. Paulo

É preciso que o presidente leve o tema da segurança para dentro do Palácio do Planalto

O ano acabou de começar e já é longa a lista de tarefas para governo, oposição, justiça e sociedade. Começando por nós, o público, cuja missão primordial será a de cobrar dos candidatos e de todos os envolvidos na eleição municipal, mais atenção à vida nas cidades e menos aposta na briga de torcidas políticas.

Há muito a cuidar e não só naquilo que diz respeito direto a prefeitos e vereadores, que são a base da escolha seguinte, em 2026, de governadores e presidente da República. Por ora, a economia vai razoavelmente bem administrada, mas a insegurança, a violência, a criminalidade estão descontroladas.

Alvaro Costa e Silva - O descuidado Cláudio Castro

Folha de S. Paulo

Desde que assumiu o cargo, suspeita de corrupção amedronta o governador

O escritor Gore Vidal, referindo-se a políticos em geral e a Richard Nixon em particular, dizia que "se você não puder ser honesto, seja cuidadoso". É uma variação da assaz citada sentença sobre a mulher de César.

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), é tudo o que você possa imaginar. Menos cuidadoso. Desde seus primeiros dias no cargo, recebido de mão beijada com o afastamento de Wilson Witzel, a suspeita de corrupção o amedronta. Em 2019, ele foi filmado caminhando pela Barra, mochila vazia às costas. Depois de visitar uma empresa que mantém contratos milionários de assistência social com o governo, Castro aparece num elevador com a mochila entupida. Um funcionário da empresa o acusa de ter recebido R$ 100 mil cash. Tremendo batom na cueca que, no entanto, não impediu sua reeleição em primeiro turno com quase 60% dos votos.

Andrea Jubé - Com eleições municipais em vista, Lula cobra pressa em realizações de ministros

Valor Econômico

No balanço de primeiro ano, presidente elogiou Haddad por aprovação da reforma tributária

Após um primeiro ano marcado por crises políticas e pela discussão da pauta econômica no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) advertiu os ministros de que chegou a hora de apresentar resultados e cobrou agilidade. Preocupado com as eleições municipais, ele vai adiar mudanças no primeiro escalão para que os auxiliares se concentrem nas entregas, dentro do prazo eleitoral, a fim de ajudar aliados a se elegerem em outubro.

No pronunciamento de fim de ano, Lula afirmou que criou as condições para uma “colheita generosa em 2024”. Por isso, para ampliar as chances de que alguns ministros mostrem a que vieram, a reforma ministerial que havia sido planejada para o começo do ano vai se restringir, por enquanto, à substituição do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que tomará posse no Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro.

Uma fonte que despacha no Palácio do Planalto ressalvou, todavia, que Lula ainda pode mudar de ideia para fazer alterações pontuais na equipe. Isso porque ele deixou o gabinete, no dia 22 de dezembro, levando consigo uma pilha volumosa com os 38 relatórios de prestação de contas de cada ministro, determinado a ler um a um para avaliar o desempenho de cada auxiliar.

Na última reunião ministerial do ano, no dia 20, Lula observou que tem relação de confiança com seus ministros, e que lhes deu autonomia para montarem as equipes. Porém, alertou que a fase de “ajustes” expirou, e, portanto, eles devem substituir os auxiliares que não estiverem sendo produtivos. Para um auxiliar palaciano, foi um recado aos ministros de que ele prefere não mexer agora na equipe, mas pode rever os planos.

Humberto Saccomandi - Eleição americana é o evento de 2024, e Trump o principal fator de risco

Valor Econômico

Há ainda duas guerras, na Ucrânia e na Faixa de Gaza, que ainda não está claro como vão transcorrer, e o risco de um conflito regional no Oriente Médio

Bem-vindo a 2024. O ano começa com uma escalada de bombardeios entre Rússia e Ucrânia e a continuidade dos ataques israelenses na Faixa de Gaza. Há dúvidas importantes com relação à economia dos EUA e da China, assim como com a exuberância dos mercados financeiros, especialmente o americano. Mas o evento previsível mais importante no mundo será sem dúvida a eleição presidencial nos EUA, em novembro, principalmente pela sua capacidade de trazer mudanças globais profundas e duradouras. O fator Donald Trump estará em todas as avaliações de risco.

Claro, haverá outros eventos importantes em 2024. Existem as duas guerras de amplo impacto em andamento, na Ucrânia e em entre Israel e o grupo palestino Hamas, e não está claro ainda como elas vão transcorrer. Há o risco de um conflito regional no Oriente Médio. Além disso, as duas maiores economias nacionais do mundo, EUA e China, devem desacelerar neste ano, e esse processo, que afetará diretamente a vida de boa parte da população do planeta, também é incerto.

Luiz Gonzaga Belluzzo* - Previsões econômicas*

Valor Econômico

Os mercados financeiros são construídos para reduzir a incerteza, mas aumentam a instabilidade da economia, especialmente das decisões cruciais, como as de investir

Entre o Natal e o Réveillon multiplicaram-se as críticas às previsões dos economistas, previsões congregadas no Relatório Focus. Entre tantas recriminações, escolhi as observações de Marcos Augusto Gonçalves, editor da Ilustríssima, caderno da “Folha de S. Paulo”: “Ainda em março, as expectativas da maioria dos entendidos, não a simples opinião, continuavam bastante negativas. E equivocadas. A mediana do boletim Focus, uma consulta que o Banco Central faz ao oráculo de seus pares do mercado, apontava para um crescimento do PIB de 0,84% até o fim do ano...”

Diante dos números divulgados, influentes analistas, na confortável tarefa de prestigiar o boletim de bancos e financeiras, afirmavam que seria isso mesmo e que não haveria motivo para imaginar alguma coisa diferente. Sob Lula o crescimento não chegaria nem sequer a 1%.

Sabemos hoje que o PIB vai fechar o ano com expansão de 3%.

Luiz Schymura* - Pontos de atenção com a nova política industrial

Valor Econômico

Mesmo governos tidos como ‘terrivelmente’ liberais como os de Reagan e Thatcher não renunciaram à utilização da política industrial

O governo federal está em vias de divulgar a proposta para a nova política industrial. Pelo que vem sendo sinalizado, o mote principal é a criação de mecanismos que tragam a “neoindustrialização” para o Brasil. Nas palavras do presidente Lula: “Nos próximos anos, a indústria será o fio condutor de uma política econômica voltada para a geração de renda e de empregos mais intensivos em conhecimento e de uma política social que investe nas famílias”. Embora a intenção pareça louvável, não está claro como o Estado apoiará o setor industrial. Seja como for, o debate a respeito do papel do Estado como impulsionador da indústria é antigo e desperta muita controvérsia. Vide, por exemplo, a polarização existente na interpretação das razões que suscitaram o sucesso econômico dos tigres asiáticos a partir dos anos 1980. De um lado, os analistas de viés mais liberal creditam o bom desempenho da economia daquela região à aplicação de boa parte da cartilha ortodoxa, “apesar” de terem lançado mão de vultosa política industrial (PI). No outro extremo, os desenvolvimentistas veem na maciça PI praticada naqueles países um fator decisivo para explicar a excelente resposta da economia asiática. Como se vê, as leituras são bastante dissonantes.

Luiz Carlos Azedo - Lula deve acertar com os beques

Correio Braziliense

"Outra vez estamos diante das escolhas dos governantes. O ano começa com o presidente Lula em confronto aberto com o Congresso e os agentes econômicos"

Os cenários para 2024 são otimistas, porém voláteis. Há que se considerar as contingências da politica mundial, da economia, da situação social e da correlação entre forças políticas, e também as idiossincrasias dos governantes. Houve uma mudança de qualidade na cena mundial: a China ameaça seriamente a hegemonia norte-americana nas cadeias globais de valor, cujo fluxo se deslocou do Atlântico para o Pacífico. A reação norte-americana está sendo reestruturar essas cadeias, para reduzir sua dependência, e tentar recuperar seus velhos mercados.

presidente Joe Biden usa sua vantagem estratégico-militar para conter o grande projeto do líder chinês Xi Jinping: a Nova Rota da Seda, cuja ambição é chegar à Europa e à América Latina, não só no plano comercial, mas, também, na modernização da infraestrutura. A China ameaça o Ocidente porque seu modelo de "capitalismo de estado asiático", integrado à economia mundial e sob controle de um partido comunista, suplantou o modelo neoliberal que liderou a globalização a partir do colapso da antiga União Soviética e do "socialismo real" no Leste Europeu.

A democracia representativa do Ocidente tem mais dificuldades para implementar a modernização. O estado de bem-estar social é incompatível com a modernização conservadora.

Paulo Hartung* - Lideranças lúcidas para um futuro viável

O Estado de S. Paulo

Necessitamos de líderes capazes de desenhar caminhos de superação e, ao mesmo tempo, qualificados a projetar horizontes sustentáveis e promissores

Se, por si só, a mudança do calendário não transforma automaticamente o curso dos dias, que a chegada de um ano novo nos inspire a exercitar aquela visão de tempo peculiar que nos foi ofertada por Santo Agostinho. Assim, que neste posto do presente, o único tempo que realmente temos, possamos elaborar um olhar estratégico sobre a atualidade, considerando os ecos dos caminhos que nos trouxeram até aqui e também as inspirações e oportunidades que nos movem adiante.

Fragmentado e polarizado, o planeta padece sob emergência climática. Ficou no retrovisor a larga avenida da globalização acelerada, que ensejou desinflação e crescimento. A catástrofe sanitária da pandemia acentuou os desgastes nas engrenagens globalizantes, desorganizou cadeias de suprimentos, turbinou inflação e juros mundialmente.

Eliane Cantanhêde - Entre Biden e Trump, China e EUA

O Estado de S. Paulo

Eleição nos EUA e ampliação dos Brics em torno da China definem foco de 2024

A eleição americana em 2024 está no centro das atenções mundiais e tanto da política externa quanto da política interna do Brasil. Nenhum dos candidatos, Joe Biden, democrata, e Donald Trump, republicano, encanta ou atrai o governo, iniciativa privada ou analistas, mas Trump é considerado o mal maior, com poder destrutivo das instituições dos EUA e risco para a estabilidade mundial. A invasão do Capitólio, em 6/1/2021, deixou cicatrizes.

Como a Argentina, a maior potência mundial está refém de uma polarização nefasta entre Biden, tão antiquado e incapaz de enfrentar os grandes problemas quanto o peronista derrotado Sergio Massa, e Trump, tão absurdo, autocentrado e perigoso quanto Javier Milei. Há um estrangulamento do centro democrático e da racionalidade, quando o mundo, atolado em duas guerras, da Ucrânia e de Israel, precisa de negociação e bom senso.

Aylê-Salassié Filgueiras Quintão* - Vai rolar muito sapo e muita lorota

A considerar os esforços do ministro da Fazenda para descobrir e aprovar, ainda em 2023 ,  fontes de receita para o Tesouro,  capazes de amenizar o crescente déficit das contas públicas e alimentar as eleições municipais, em  2024 deve pairar sobre o País  um cardápio de  promessas  recheado de narrativas e  estratégias   de governança, típicos dos Contos da Caronchinha, o primeiro livro para crianças publicado no Brasil em 1894. Mais que isso, será um novo ciclo de verdades duvidosas, e de tentativas de reconstrução do mundo .

É de se pressupor, por isso,  que o novo exercício fiscal não será fácil, ao contrário do que anunciam os áulicos.  Primeiro, não haverá déficit zero nas contas públicas.  O novo ano começa com um  sorrateiro reconhecimento de que o  desequilíbrio  contábil do Governo não será inferior a  R$ 160 bilhões . Segundo, na política, constatou-se que  a hiperpolarização tóxica interna e as onerosas  viagens internacionais do casal Lula levaram o governo a um índice de desaprovação de quase 50 por cento , abrindo espaço para um  imaginário  bolsonarista .

Poesia | O Tempo - Carlos Drummond de Andrade

 

Música | Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto - Anunciação