sábado, 21 de maio de 2016

Opinião do dia – Fernando Henrique Cardoso

• O que achou da repercussão internacional negativa sobre o impeachment em veículos de imprensa como o New York Times?

O PT criou uma narrativa do golpe que pega mais lá fora do que aqui dentro. Para os objetivos deles, esse discurso foi bom, mas não se sustenta com o tempo. Essa é uma narrativa que confunde, pois ela é fácil e não precisa explicar muito. Você viu o que houve no Festival de Cannes? Aquilo repercutiu momentaneamente, mas a presidente está na casa dela (no Palácio da Alvorada). Dilma ainda será Presidente da República até que o Senado vote a decisão final. São precisos 3/5 dos votos para sair em definitivo. É muito difícil. Por que o NYT fez isso? Porque a Constituição dos EUA é diferente da brasileira. Nos EUA o perjúrio dá impeachment e ela não cometeu perjúrio, mas cometeu crime de responsabilidade
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Fernando Henrique Cardos, sociólogo, ex-presidente da República, em entrevista. O Estado de S. Paulo, 21/5/2016

Temer intervém e Centrão adia formação de bloco

• Presidente em exercício atuou contra criação de grupo hoje em choque com antiga oposição para evitar racha de base aliada

Igor Gadelha - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Com a necessidade de apoio no Congresso e após pressão do DEM, PSDB, PPS e PSB, o presidente em exercício Michel Temer convenceu o Centrão a desistir de se formalizar enquanto bloco parlamentar na Câmara. O grupo é formado por 225 deputados de 13 partidos e liderados pelo PP, PR, PTB e PSD. A intervenção do peemedebista evita, assim, um racha na base aliada do governo na Casa.

Lideranças da antiga oposição procuraram o novo líder do governo, André Moura (PSC-SE), para dizer que a oficialização do novo bloco que apoiou a indicação do sergipano levaria à formação de um bloco antagonista com integrantes da antiga oposição, com 117 deputados.

CUT aceita conversa sobre reforma da Previdência

• Após se negar a dialogar com governo, que considera ilegítimo, entidade decidiu participar de negociações com outras centrais

Ricardo Galhardo - O Estado de S. Paulo

Depois de se negar a dialogar com o governo do presidente em exercício Michel Temer, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) aceitou participar da mesa de negociações com outras quatro centrais sindicais sobre a reforma da Previdência e outras questões trabalhistas. O resultado das conversas será levado ao novo governo. Ligada ao PT, a CUT não reconhece a legitimidade do governo Temer e defende a volta da presidente Dilma Rousseff. Segundo dirigentes da CUT, o fato de aceitar participar das conversas com as demais entidades não significa reconhecer o governo Temer.

Temer planeja reduzir benefícios dados à presidente afastada

• Dilma já nomeou 35 assessores e suas viagens incomodam governo

Paulo Celso Pereira, Catarina Alencastro e Eduardo Barretto - O Globo

BRASÍLIA - O Palácio do Planalto estuda se manterá todos os direitos que a presidente afastada Dilma Rousseff usufrui hoje. A área jurídica da Casa Civil pretende regulamentar as prerrogativas que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), concedeu à petista e que constam da intimação que ela assinou quando foi afastada. Como as prerrogativas não estão detalhadas, agora o novo governo se debruça sobre eles para delimitá-los melhor. Segundo uma fonte da Casa Civil, Dilma já nomeou 35 assessores que formam a equipe que segue trabalhando com ela no Palácio da Alvorada, residência oficial.

FH: líder de Temer é insustentável

Em entrevista pelo lançamento do segundo volume de “Diários da Presidência”, o ex-presidente FH disse que o Legislativo não pode “montar no cangote” de Temer e que o novo líder do governo, imposto por Eduardo Cunha, é “insustentável”

‘Não pode deixar o Legislativo montar no cangote do Executivo’

• Ex-presidente classifica de ‘insustentável’ escolha do novo líder do governo; e diz que PSDB não pode ser confundido com o partido do poder

Silvia Amorim - O Globo

SÃO PAULO- Na semana em que o presidente interino Michel Temer cedeu à pressão de pequenos partidos da Câmara para nomear um deputado réu em ações penais como líder do governo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista para falar de seu novo livro “Diários da Presidência - 1997 a 1998" que um presidente “não pode deixar o Legislativo montar no cangote do Executivo”.

Entrevista. Fernando Henrique Cardoso

‘Se o governo for para o lado errado, PSDB sai’, diz FHC

• Ex-presidente, que lança segundo volume de ‘Diários’, diz que Serra se fortalece para uma nova candidatura ao Planalto

Pedro Venceslau e Tonia Machado - O Estado de S. Paulo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso avalia que o tucano José Serra, atual ministro das Relações Exteriores, se fortaleceu rumo a uma candidatura à Presidência em 2018. “Serra foi lá, tomou posição e se projetou. Ele ganhou mais força. Mas 2018 ainda está longe.”

No segundo volume de seu Diários da Presidência, que será lançado na próxima semana, FHC comenta a relação com o PMDB em seu governo. Em entrevista ao Estado, ele chama de “mito” o caso da compra de votos pela PEC da reeleição, que também é abordado no livro. Com o PSDB na base da gestão peemedebista de Michel Temer, FHC vê o sinais se inverterem e diz que o tucanos podem deixar o governo se ele “for para o lado errado”.

PMDB precisa mostrar que tem como liderar o país, diz FHC

Ricardo Balthazar – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acha que o desempenho do presidente interino, Michel Temer, nos próximos meses será crucial para determinar se o PMDB terá condições de liderar o país à frente de um novo bloco de poder, como petistas e tucanos fizeram antes dele.

Para o líder do PSDB, a recessão na economia e a fragmentação política do Congresso limitam as possibilidades do novo governo, e o futuro do PMDB dependerá da maneira como Temer lidar com essas dificuldades.

"Ele pode dar sinais para a economia, mas vai demorar para colher o fruto", diz FHC, que lança na próxima semana o segundo volume do seu "Diários da Presidência" (ed. Companhia das Letras), com memórias do biênio 1997-98.

Na opinião do ex-presidente, o PMDB "tem capacidade para fazer o Estado funcionar", mas ainda não demonstrou "capacidade de apontar o rumo" para o país, como ele explica na entrevista a seguir.

Fernando Henrique comentou ainda as denúncias de compra de votos para aprovar a emenda constitucional que permitiu sua reeleição em 1998.

Lula prevê prejuízos em sua agenda internacional com Serra ministro

Catia Seabra – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO - A nomeação do senador José Serra (PSDB-SP) para o Ministério das Relações Exteriores deve provocar prejuízo à pauta de viagens internacionais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dirigentes do Instituto Lula admitiram, nesta sexta-feira (20), que a política defendida por Serra esvazia a capacidade de articulação do ex-presidente no exterior.

Antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff, Lula atuava como um emissário informal do governo brasileiro, sendo recebido com deferência nas embaixadas no exterior.

José Serra será recebido por Mauricio Macri em visita à Argentina

Luciana Dyniewicz – Folha de S. Paulo

BUENOS AIRES - O recém-empossado ministro das Relações Exteriores, José Serra, será recebido pelo presidente da Argentina, Mauricio Macri, na tarde da próxima segunda-feira (23) em Buenos Aires.

No início deste ano, quando o então chanceler Mauro Vieira esteve no país, Macri também o recebeu.

Essa será a primeira viagem de Serra como ministro de governo do presidente interino Michel Temer. Ele chegará à capital argentina na noite de domingo e ficará hospedado na casa do embaixador Everton Vieira Vargas.

Vou só falar sobre a presidente Dilma nos autos, diz Gilmar Mendes

• Ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral ironizou críticas da petista sobre suspensão das diligências no inquérito que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG)

Por Julia Affonso e André Italo Rocha – o Estado de S. Paulo

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ironizou a crítica da presidente Dilma Russeff (PT) sobre a suspensão das diligências no inquérito que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O inquérito foi autorizado por Gilmar Mendes e teve as diligências suspensas 24 horas depois.

“Posso fazer uma ironia sobre a presidente Dilma? Vou só falar sobre a presidente Dilma nos autos”, afirmou Gilmar Mendes nesta sexta-feira, 20, em visita ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.


PF investiga empresário ligado a Lula

• Sobrinho da primeira mulher do petista recebeu US$ 7,4 milhões da Odebrecht em obra financiada pelo BNDES

A Polícia Federal fez ontem operação para investigar um empresário ligado ao ex-presidente Lula. Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira mulher de Lula, foi conduzido coercitivamente para depor. Uma empresa dele foi subcontratada pela Odebrecht, em Angola, para as obras de uma usina hidrelétrica financiada com recursos do BNDES. Segundo a PF, a Exergia, de Taiguara, recebeu R$ 3,5 milhões mesmo sem ter capacidade de prestar serviços. Documentos obtidos pelo GLOBO mostram outros pagamentos da Odebrecht para a Exergia, no valor de US$ 7,4 milhões, revela Thiago Herdy. Lula não foi alvo da operação, mas procuradores do Distrito Federal, que comandam as investigações, apuram se o expresidente atuou para favorecer a Odebrecht em obras no exterior. O Instituto Lula disse que o petista sempre agiu dentro da lei e em defesa dos interesses do país.

PF perto de Lula

• Operação investiga pagamentos da Odebrecht a empresário ligado ao ex-presidente

Thiago Herdy, Jailton Carvalho e André de Ssouza - O Globo

Governo prevê rombo de R$ 170,5 bi este ano

• Déficit é corrigido para incluir queda de receitas

Equipe econômica desbloqueia R$ 36,7 bi para pagar atrasados do PAC e despesas de Saúde, Defesa e diplomacia. Meirelles diz que nova meta, que não inclui CPMF, é realista e não será mais alterada em 2016

O governo Michel Temer anunciou ontem a nova meta fiscal de 2016, que agora prevê um rombo inédito de R$ 170,5 bilhões nas contas federais. O número, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é “transparente e realista” e não será revisto. O governo Dilma previra inicialmente um superávit de R$ 24 bilhões para o ano. A equipe econômica surpreendeu ao liberar gastos para Saúde, Defesa, diplomacia e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas argumentou que são despesas essenciais ao funcionamento da máquina pública. Na segunda-feira, o presidente interino, Michel Temer, irá pessoalmente ao Congresso explicar aos parlamentares a nova meta, que o presidente do Senado, Renan Calheiros, promete votar em sessão conjunta no dia seguinte.

Rombo nas contas será de R$ 170,5 bi

• Queda da arrecadação, alívio a estados e pagamento de atrasados provocarão déficit federal histórico em 2016

Martha Beck, Bárbara Nascimento, Gabriela Valente – O Globo

Temer anunciará medidas para reduzir rombo fiscal em discurso

Gustavo Uribe, Valdo Cruz – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA - Pressionado pelo mercado financeiro a apresentar rapidamente saídas para equilibrar o deficit fiscal, o presidente interino Michel Temer aproveitará discurso na próxima segunda-feira (23) para anunciar medidas econômicas para aumento da arrecadação e redução das despesas e corte de gastos.

Em entrevista à imprensa, no Palácio do Planalto, o peemedebista explicará como tentará reduzir orombo de R$ 170,5 bilhões das contas públicas, anunciado nesta sexta-feira (20). Segundo assessores e auxiliares, ele detalhará iniciativas como o estabelecimento de um teto de gastos, o corte de cargos comissionados e o descontingenciamento de recursos orçamentários.

Meu palavrão predileto - Bolívar Lamounier*

-  O Estado de S. Paulo

Como grande parte dos cientistas sociais brasileiros e latino-americanos, às vezes sinto uma vontade irresistível de empregar o adjetivo “liberal” como xingamento. Nesta parte do mundo, como bem sabemos, liberal é um feio palavrão.

Meus eventuais leitores por certo já repararam nisso. Por mais que procurem, os intelectuais, o clero, os dirigentes partidários e os chamados formadores de opinião não conseguem atinar com um termo mais adequado quando querem se referir depreciativamente a um economista, empresário, partido político ou ao próprio governo.

Expectativas positivas - Merval Pereira

- O Globo

O sucesso ou fracasso do governo Temer dependerá rigorosamente dos ajustes econômicos que permitam ao país retomar minimamente o crescimento em 2018. Esta é a ideia central para a qual convergem as opiniões dos entrevistados de uma pesquisa feita pela consultoria Macroplan, especializada em estratégia e cenários futuros, sobre expectativas do desempenho do governo provisório.

Na sondagem realizada entre os dias 13 e 19 de maio junto a uma amostra de 82 empresários, executivos, economistas, cientistas políticos, gestores públicos e jornalistas de todas as regiões do país, foi solicitada a avaliação de quatro cenários plausíveis, alicerçadas na evolução das votações da admissibilidade do impeachment nas duas casas do Congresso e nos primeiros movimentos do novo governo. São eles:

Tarde demais - Hélio Schwartsman

- Folha de S. Paulo

Michel Temer não recebeu da população um mandato para cortar benefícios sociais. Não obstante, se o Estado brasileiro quer manter-se solvente, é o que tem de ser feito. Assim, a melhor chance de o governo Temer chegar a 2018 é abrir rapidamente o saco de maldades, garantir que sejam aprovadas no Congresso e torcer para que produzam logo efeitos positivos sobre a economia, legitimando "a posteriori" o que não o fora "a priori".

A lista de medidas impopulares é longa e há tribulações para todos. A primeira vítima são os sindicalistas. Já foram avisados de que terão de engolir a reforma da Previdência. Sua grita é grande, mas o assunto já foi exaustivamente debatido e não há dúvida de que será preciso fazer as pessoas trabalharem por mais anos.

Déficit como ele é - Míriam Leitão

- O Globo

A diferença entre o rombo anunciado pelo governo Dilma e o que foi anunciado agora pelo governo Temer é a eliminação de certos artifícios. Agora não há descontos e os números querem dizer o que os números dizem. Não entra na conta o que não está certo, o que é apenas intenção enviada ao Congresso. O número ficou mais feio sem a maquiagem, mas é melhor que seja real.

O lobo e o cordeiro – Igor Gielow

- Folha de S. Paulo

Cenário 1- Michel Temer chega a uma semana de governo com o peso de anos. Entregou à sociedade que busca estabilidade conjugada com mudança uma Esplanada que mais parece saída de um cenário infernal pintado por Bruegel.

Fez escolhas estranhas e viu a ministrada deitar falação só para recuar após a repercussão. Errou na simbologia, ignorando gênero e raça.

Comprou briga que poderia ser posterior na cultura, ainda mais com aquela categoria específica de cineastas pernambucanos subsidiados, a quem nunca repugna a faca dos cineastas pernambucanos subsidiados.

O tamanho do rombo - Celso Ming

• Na medida em que embute muitas incertezas, o propalado “realismo” do déficit de R$170,5 bilhões para 2016, anunciado nesta sexta-feira, deve ser visto com certo cuidado

- O Estado de S. Paulo

Depois de tudo, o País ficou sabendo agora que o rombo “realista” das contas do governo central em 2016 foi parar nos R$ 170,5 bilhões, ou 2,75% do PIB. Foi o que apresentaram nesta sexta-feira os ministros Henrique Meirelles, da Fazenda, e Romero Jucá, do Planejamento.

O número ficou mais ou menos a meia altura de uma cascata de projeções (ou balões de ensaio) que apareceram nos jornais nesta última semana, em princípio para demonstrar que as magnitudes com que vinham trabalhando as autoridades do governo Dilma estavam, mais uma vez, subdimensionadas.

Duas Marias vão à guerra – Demétrio Magnoli

- Folha de S. Paulo

Sinto, editores e leitores "modernos", mas não as elogiarei por serem mulheres. Nesse tempo e país, símbolos valem mais que substância – mas, anacrônico, prefiro a segunda. Maria Helena de Castro na secretaria-executiva do MEC e Maria Inês Fini na presidência do Inep são uma ousadia do ministro Mendonça Filho: a decisão de proteger os direitos dos estudantes contra a aliança entre a politicagem triunfante e o corporativismo sindical, grudados por uma gosma ideológica. Infelizmente, as duas Marias serão expostas a uma guerra suja, como sabem por experiência própria.

A contaminação do PT – Editorial / O Estado de S. Paulo

É uma história bem triste: lá estavam eles, os épicos petistas, empenhados em salvar o povo brasileiro da opressão quando, não mais que de repente, “eles” chegaram e “contaminaram” o PT com o “financiamento empresarial de campanhas” por meio do qual “as classes dominantes se articulam com o Estado”. Embora tenham, supõe-se, resistido bravamente, os petistas acabaram “envolvidos em práticas de partidos tradicionais”.

Parece piada, mas é exatamente esse o estapafúrdio argumento central da “autocrítica” feita pelos dirigentes nacionais do PT, na qual admitiram erros na condução da economia, todos eles atribuídos a Dilma Rousseff.

PT confirma aparelhar em nome do ‘projeto’ – Editorial / O Globo

• Documento do diretório nacional do partido lamenta não ter controlado as cúpulas da PF, do Ministério Público e mudado os currículos das academias militares

O documento “Resolução sobre conjuntura”, aprovado pelo diretório do PT no início da semana, é prova cabal da validade do provérbio “o papel aceita tudo”. Escrito numa linguagem de militância revolucionária das décadas de 60 e 70, o texto trata de um país imaginário chamado Brasil, em que houve um “golpe”, desfechado pelo imperialismo internacional com apoio da burguesia doméstica, “as classes dominantes”, e pelos “monopólios da informação”, diante do qual é preciso resistir.

Reorientação – Editorial / Folha de S. Paulo

Entre tropeços de seus ministros e elevada tolerância a personagens envolvidos em corrupção, o governo de Michel Temer (PMDB) dá ao menos um sinal positivo ao formar um dique de proteção técnica em cargos dedireção da economia, de estatais e de órgãos públicos.

A chegada de Pedro Parente ao comando da Petrobras talvez seja o melhor símbolo dessa mudança de orientação. Gestor de reconhecida competência, o ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) aceitou a tarefa sob condição até outro dia impensável: "Não haverá indicação política".

Profissionalizar a gestão da petrolífera é fundamental para recuperar uma empresa marcada pelo maior escândalo de nossa história.