- Valor Econômico
Até janeiro de 2019, em encontro com a primeira instância
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) é, por incrível que pareça, a candidatura presidencial mais definida neste momento. Ele está vencendo a pré-disputa com João Dória, participa de reuniões para formação de chapa, campanha e projeto eleitoral, está no centro do tiroteio de um partido conflagrado, onde livres atiradores miram, sem atingir em definitivo, gregos e troianos, ele inclusive.
Mas sobrevive, pois há a realidade de sua personalidade: os que procuram Alckmin para conversar saem com uma impressão unânime: a conversa do governador não tem começo, nem meio, nem fim. Alckmin continua alheio ao mundo da política e não parece um candidato sequer a liderar uma associação.
Mas, inegável, é uma candidatura de resultados, e o último foi extraordinário: a recomposição com o senador e ex-governador José Serra, com quem divide o principado do PSDB em São Paulo.
Outra também bem definida é a candidatura Jair Bolsonaro (ainda vendo que partido vai usar): corre o Brasil, tem um nicho de votação na direita e outro na igreja, e um discurso em cima de eventualidades sobre as quais é perguntado, mas ainda se protege de melhores e maiores definições.
O empresário Luciano Huck parece ser uma criatura vocacionada e uma candidatura de primeiros traços bem delineada, já se lançou em artigo no jornal "Folha de S.Paulo", mas está demorando a se revelar como tal, ou aguarda dias mais claros ou a explicitação do apoio da família.
Ciro Gomes é uma candidatura posta, confirmada e em procedimentos de medição de terreno, mas sofre de um mal terrível nos dias de hoje: a conversa é antiquissima e não se consegue imaginar qual público ainda vai se interessar por seu discurso se não houver um novo approach. Ele já disse que só vai se Lula não for.