Revista Veja
O diretor presidente da Anvisa deu a senha
sobre a melhor maneira de combater as malfeitorias do presidente da República
Antonio Barra Torres fez mais que chamar às
falas e enquadrar Jair Bolsonaro aos bons costumes ao pedir que provasse ou se
retratasse das insinuações sobre os propósitos da Anvisa ao autorizar a
vacinação de crianças contra a Covid. O diretor presidente da agência deu a
senha sobre a melhor maneira de combater as malfeitorias do presidente da
República.
Perde-se tempo, energia e a chance de
celebrar uma aliança entre civilidade, boa governança e eficácia político-eleitoral
ao se optar por ataques de adjetivos. Isso havendo uma enorme quantidade de
razões substantivas as quais o dito adversário não consegue enfrentar.
Chamar Bolsonaro de genocida, homofóbico,
racista e ir cuidar dos afazeres como se cumprida a tarefa de fazer oposição na
base do insulto é jogar na arena da grosseria em que ele foi criado e treinado.
Um campo onde é imbatível.
Esse filme esteve em cartaz em 2018 e já sabemos quem sobreviveu (e quem morreu) no final. Usaram-se muitas palavras em relação ao passado do então deputado, mas não se fez a contestação de conteúdo à capacidade de governar do candidato a presidente nem ao modo como iria lidar com as questões urgentes do país.