Correio Braziliense
Fracassaram os esforços da cúpula da Fiesp,
que articula o manifesto dos empresários em defesa da democracia e das urnas
eletrônicas, para que todos os candidatos à Presidência assinassem o documento,
numa espécie de pacto de respeito mútuo ao resultado das eleições. Ontem, o
Palácio do Planalto anunciou que Jair Bolsonaro não subscreverá o documento,
assinado por entidades empresariais e federações sindicais de trabalhadores, e
cancelou a ida do presidente da República ao lançamento do documento, no dia 11
de agosto, na sede da Fiesp. Também foi cancelado o jantar com empresários que
estava programado.
A ida de Bolsonaro à Fiesp fora antecipada para 11 de agosto a pedido do Palácio do Planalto. Para evitar mais constrangimentos, o recolhimento de assinaturas de apoio ao manifesto da federação ficou restrito às entidades empresariais e sindicatos de trabalhadores, para que as assinaturas dos candidatos dos presidentes fossem recolhidas antes de as pessoas físicas aderirem o documento. Ocorre que Bolsonaro não digeriu as manifestações em defesa da urna eletrônica, da Justiça Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal (STF), e torpedeou as iniciativas.