Adauri Antunes Barbosa
O Globo; CBN
SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a fazer críticas ao PT e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, neste sábado, em discurso de mais de meia hora no encontro de vereadores e prefeitos eleitos pelo PSDB no estado de São Paulo. Fernando Henrique também aproveitou o encontro para ressaltar sua preocupação com o quanto o Brasil pode ser atingido pela crise internacional.
O ex-presidente foi irônico, chamando Lula de "grande economista", em referência à declaração feita pelo petista que quando a crise chegasse ao Brasil seria uma marola. O ex-presidente se referiu a Lula afirmando: "veste a roupa, rei. Pare de falar bobagem."
" Nós temos que dizer: o rei está nu aqui, ali, acolá. Põe a roupa, ô presidente. Não diga bobagem, presidente "
- Não precisamos ser agressivos pessoalmente com ninguém - disse o ex-presidente, que, no entanto, completou:
SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a fazer críticas ao PT e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, neste sábado, em discurso de mais de meia hora no encontro de vereadores e prefeitos eleitos pelo PSDB no estado de São Paulo. Fernando Henrique também aproveitou o encontro para ressaltar sua preocupação com o quanto o Brasil pode ser atingido pela crise internacional.
O ex-presidente foi irônico, chamando Lula de "grande economista", em referência à declaração feita pelo petista que quando a crise chegasse ao Brasil seria uma marola. O ex-presidente se referiu a Lula afirmando: "veste a roupa, rei. Pare de falar bobagem."
" Nós temos que dizer: o rei está nu aqui, ali, acolá. Põe a roupa, ô presidente. Não diga bobagem, presidente "
- Não precisamos ser agressivos pessoalmente com ninguém - disse o ex-presidente, que, no entanto, completou:
- Mas nem por isso precisamos dizer que tudo o que o seu mestre fala está certo, porque não está. Nós temos que dizer: o rei está nu aqui, ali, acolá. Põe a roupa, ô presidente. Não diga bobagem, presidente. Seja mais conseqüente com a sua história. Não seja tão rápido no julgamento do que os outros fizeram. Perceba que uma nação se faz no decorrer de gerações. Não seja tão pretensioso. Seja um pouquinho mais humilde. É preciso que nós cobremos, mas sem agressividade. O eixo principal do PSDB não pode ser a crítica pessoal ao presidente da República, a esse ou a aquele.
- Tem que ser ao conjunto do que está sendo feito quando estiver errado - disse o ex-presidente.
Fernando Henrique fez críticas à forma como o atual governo tem enfrentado a crise econômica mundial. Ele citou a recessão nos países europeus e nos Estados Unidos, e lembrou que a China diminuiu as exportações, o que afeta diretamente os negócios brasileiros.
- Entendo que o presidente deva animar o país. Mas o país não é bobo. O país percebe quando as coisas mudaram. As coisas mudaram no mundo, mudaram para pior. É cíclico?, é momentâneo? É, mas nós temos que ter a capacidade de visão do futuro para sair da situação ruim que estamos e não ficar dizendo que não está ruim. Está ruim sim.
Fernando Henrique foi irônico, chamando Lula de "grande economista", em referência à declaração feita pelo petista que quando a crise chegasse ao Brasil seria uma marola.
- Aqui não é marola, não. Vai perguntar pra quem está perdendo o emprego hoje, que é mineiro da Vale, se é marola. Não é marola. Marola é quando você não é afetado. Está afetando.
Quando saía da sede social do Jóquei Clube de São Paulo, onde aconteceu o encontro, Fernando Henrique afirmou que não foi duro com o presidente Lula.
- A essa altura da vida só faço discursos amáveis, doces. Mas você acha que o rei tem que estar nu? Não! Quero o rei bem vestido.
FH evita dizer quem seria melhor candidato para 2010
Fernando Henrique disse ainda que o PSDB não é a favor do "quanto pior, melhor", e que o partido tem que dar apoio para a situação melhorar. O ex-presidente disse que o partido traiu o eleitor quando manteve as mesmas medidas adotadas pelo PSDB na gestão anterior, sobretudo as medidas adotadas na economia. Disse que a traição vem do fato de o PT ter dito que faria tudo diferente, mas não fez.
Falando aos tucanos paulistas, o ex-presidente disse que o partido precisa se preparar para o futuro decidindo até o segundo semestre do ano que vem quem será o candidato a presidente da República.
" É bom que no começo do segundo semestre do ano que vem tenhamos um candidato ou uma candidata. Por que? Porque o governo já tem "
- O PSDB tem que se unificar internamente. É bom que no começo do segundo semestre do ano que vem tenhamos um candidato ou uma candidata. Por que? Porque o governo já tem.
Ele não quis dizer quem seria o melhor candidato do PSDB entre os governadores Aécio Neves, de Minas Gerais, e José Serra, de São Paulo.
- Os dois são bons. Sou presidente de honra do partido. Não posso, antes da hora, antes de conversar com os dois, antecipar. (...) Não adianta dramatizar.
Não vai ser assim. Haverá uma convergência. Se não houver temos mecanismos de resolver dentro do PSDB. (...) Acho que é natural, na democracia, não é todo mundo unânime. O que é importante é ter mecanismo que leve no momento necessário à convergência. É isso que o PSDB tem que criar.
Já o secretário-geral do PSDB paulista, César Gontijo, foi taxativo, e disse que o candidato do partido à presidência da República é o governador José Serra, e que o governador mineiro Aécio Neves é jovem e terá "o momento dele".
- Tem que ser ao conjunto do que está sendo feito quando estiver errado - disse o ex-presidente.
Fernando Henrique fez críticas à forma como o atual governo tem enfrentado a crise econômica mundial. Ele citou a recessão nos países europeus e nos Estados Unidos, e lembrou que a China diminuiu as exportações, o que afeta diretamente os negócios brasileiros.
- Entendo que o presidente deva animar o país. Mas o país não é bobo. O país percebe quando as coisas mudaram. As coisas mudaram no mundo, mudaram para pior. É cíclico?, é momentâneo? É, mas nós temos que ter a capacidade de visão do futuro para sair da situação ruim que estamos e não ficar dizendo que não está ruim. Está ruim sim.
Fernando Henrique foi irônico, chamando Lula de "grande economista", em referência à declaração feita pelo petista que quando a crise chegasse ao Brasil seria uma marola.
- Aqui não é marola, não. Vai perguntar pra quem está perdendo o emprego hoje, que é mineiro da Vale, se é marola. Não é marola. Marola é quando você não é afetado. Está afetando.
Quando saía da sede social do Jóquei Clube de São Paulo, onde aconteceu o encontro, Fernando Henrique afirmou que não foi duro com o presidente Lula.
- A essa altura da vida só faço discursos amáveis, doces. Mas você acha que o rei tem que estar nu? Não! Quero o rei bem vestido.
FH evita dizer quem seria melhor candidato para 2010
Fernando Henrique disse ainda que o PSDB não é a favor do "quanto pior, melhor", e que o partido tem que dar apoio para a situação melhorar. O ex-presidente disse que o partido traiu o eleitor quando manteve as mesmas medidas adotadas pelo PSDB na gestão anterior, sobretudo as medidas adotadas na economia. Disse que a traição vem do fato de o PT ter dito que faria tudo diferente, mas não fez.
Falando aos tucanos paulistas, o ex-presidente disse que o partido precisa se preparar para o futuro decidindo até o segundo semestre do ano que vem quem será o candidato a presidente da República.
" É bom que no começo do segundo semestre do ano que vem tenhamos um candidato ou uma candidata. Por que? Porque o governo já tem "
- O PSDB tem que se unificar internamente. É bom que no começo do segundo semestre do ano que vem tenhamos um candidato ou uma candidata. Por que? Porque o governo já tem.
Ele não quis dizer quem seria o melhor candidato do PSDB entre os governadores Aécio Neves, de Minas Gerais, e José Serra, de São Paulo.
- Os dois são bons. Sou presidente de honra do partido. Não posso, antes da hora, antes de conversar com os dois, antecipar. (...) Não adianta dramatizar.
Não vai ser assim. Haverá uma convergência. Se não houver temos mecanismos de resolver dentro do PSDB. (...) Acho que é natural, na democracia, não é todo mundo unânime. O que é importante é ter mecanismo que leve no momento necessário à convergência. É isso que o PSDB tem que criar.
Já o secretário-geral do PSDB paulista, César Gontijo, foi taxativo, e disse que o candidato do partido à presidência da República é o governador José Serra, e que o governador mineiro Aécio Neves é jovem e terá "o momento dele".