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Um presidente acuado
No papel de presidente do sexto país do mundo com o maior número de vítimas do Covid-19, o ex-capitão Jair Bolsonaro, afastado do Exército porque planejou detonar bombas em quartéis, viveu 24 horas de fúria sem que ninguém ao seu lado tentasse contê-lo.
Naturalmente não foi a primeira vez e nem será a última. Mas desta vez tinha razões de sobra para se comportar assim. Quantas vezes já não se disse que o cerco se fecha em torno dele e que seu mandato corre risco? Ninguém melhor do que Bolsonaro sabe e sente.
Daí as reações desatinadas que indicam a medida do desespero que toma conta dele. Uma coisa é Bolsonaro disparar para todos os lados a cada momento. É seu instinto assassino. Não sabe viver em paz. Foi treinado para matar, mas nunca lutou uma guerra de verdade.
Outra coisa é atirar em tudo que se mexa à sua frente porque está com medo do que possa acontecer amanhã ou daqui a pouco. Bolsonaro testou positivo para o vírus da crise política desatada com a saída do governo do ex-ministro Sérgio Moro. O hospedeiro do vírus é ele.