Queda de avião em Paraty mata Teori, ministro do STF | Associação de juízes diz que investigação é imprescindível | Tragédia abre debate sobre escolha de novo responsável pelo caso
A morte do ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, deve provocar atrasos no processo, especialmente nas delações da Odebrecht. Aos 68 anos, Teori foi vítima da queda de um bimotor em Paraty, acidente que também matou o dono do avião e do grupo Emiliano, Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, e mais três pessoas. O desastre já abriu debate sobre o sucessor no STF e a escolha do novo relator da Lava-Jato. Em caso de morte, o regimento do Supremo prevê que os processos sejam repassados ao substituto na Corte, indicação que cabe ao presidente Michel Temer, citado nas investigações. Mas o regimento também estabelece que, “em caráter excepcional”, a presidente da Corte, Cármen Lúcia, pode sortear o processo para outro ministro. Associações de juízes afirmaram que uma investigação rigorosa é imprescindível. Para o juiz Sérgio Moro, sem Teori não teria havido a Lava-Jato. Queda de bimotor, que deixou outros quatro mortos, terá impacto direto na Lava-Jato. PF investiga
DESASTRE SUPREMO
• Acidente aéreo mata Teori Zavascki
Sérgio Roxo*, MARIANA Timoteo da Costa* , Eduardo Bresciani e Vera Araújo | O Globo
-PARATY, BRASÍLIA, SÃO PAULO E RIO- Um desastre aéreo, no início da tarde de ontem, em Paraty, no litoral Sul do Rio, matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, de 68 anos, relator da operação Lava-Jato no tribunal. Outras quatro pessoas também morreram no acidente com o bimotor que partiu de São Paulo. A tragédia terá impacto direto sobre o andamento das investigações que apuram o envolvimento de políticos com mandato, como deputados e senadores, além de ministros, no esquema de corrupção da Petrobras. A Aeronáutica e a Polícia Federal investigam a queda.